terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A história de hoje ensina uma lição importante...




Era uma vez um fazendeiro que descobriu que tinha perdido o relógio no celeiro. O relógio não era um objeto qualquer; ele tinha um valor sentimental.

Após buscar por todas as partes entre o feno, ele desistiu e recorreu à ajuda de um grupo de crianças que estava brincando do lado de fora do celeiro.

Ele prometeu a elas que a pessoa que encontrasse o seu relógio seria recompensada.

Ao ouvir isso, as crianças correram para dentro do celeiro e entraram no meio de toda a pilha de feno, mas ainda assim não conseguiram encontrar o relógio.

Quando o fazendeiro estava prestes a desistir, um menino aproximou-se dele e pediu mais uma chance.

O fazendeiro olhou para ele e pensou: “Por que não? Afinal de contas, esse garoto parece sincero o suficiente.”

Então, o fazendeiro mandou o menino de volta ao celeiro. Depois de um tempo, o menino saiu com o relógio em sua mão!

O fazendeiro ficou feliz e surpreso ao mesmo tempo, e então ele perguntou ao menino como ele havia conseguido

encontrar já que todos os outros meninos não conseguiram.

O menino respondeu: “Eu não fiz nada a não ser ficar sentado no chão escutando.

No silêncio, eu escutei o tique-taque do relógio e apenas olhei para a direção certa.”

Uma mente em paz pode pensar melhor do que uma mente confusa.

Dê alguns minutos de silêncio à sua mente todos os dias, e veja o quanto isso lhe ajuda a definir a sua vida da maneira que você espera que ela seja!

Fonte:  Direitos Autorais 2015, Acredite e Manifeste, Todos os Direitos Reservados

domingo, 26 de fevereiro de 2017

A grandeza da compaixão


Algumas das mais lindas histórias da Humanidade podem ser encontradas na literatura da velha Índia. A que você vai conhecer agora está no poema épico Mahabharata.

Uma grande batalha estava prestes a ocorrer: os Kurus e seus primos Pandavas se enfrentariam, dentro de poucas horas.

Mas, instantes antes do início da batalha, os olhos do príncipe Krishna pousaram sobre uma avezinha que estremecia diante dos ruídos da guerra. Era uma ventoinha.

O passarinho havia feito seu ninho em meio à grama alta. Logo, os elefantes e cavalos da guerra esmagariam os ovinhos que abrigavam os filhotes.

Os olhos claros de Krishna se encheram de compaixão. Desceu da carruagem e aproximou-se.

Viu a avezinha que se recusava a abandonar o ninho indefeso. Ouviu seus pios desesperados. Observou como ela se debatia, aflita, adivinhando o perigo iminente. Comoveu-se.

Mãezinha – disse Krishna – que bela é a devoção que tens à tua família! Que elevada forma de amor há em teu coração.

Buscou então um pesado sino de bronze e, cuidadosamente, cobriu a mãe e o ninho.

Conta a história que a batalha foi terrível, mas, quando terminou, a família de passarinhos estava a salvo.

Os milênios se passaram e aquele campo de batalha ainda existe na Índia. E nele se pode ouvir os pios das ventoinhas que ali fazem seus ninhos.

São a lembrança viva do gentil Krishna e de sua compaixão por todos os seres vivos.

Que lição temos nesta história singela! E como podemos estendê-la às nossas vidas.

Compaixão é enxergar o sofrimento do outro, mesmo quando estamos em meio aos nossos próprios problemas.

Compaixão é uma doce palavra, que torna o coração sensível e está muito além de somente comover-se com o sofrimento material de alguém.

É claro que fome, pobreza e doença sensibilizam a alma, mas a compaixão também pode ser traduzida pelo sentimento de compreensão perante as pessoas difíceis, pelo perdão a quem nos ofende e maltrata.

Diga-se, a mais difícil forma de compaixão é tolerar aqueles que são desagradáveis ou causam prejuízos.

Portanto, a mais séria pergunta é: Como amar os que nos humilham sem nos tornarmos covardes?

A resposta foi dada por Jesus: Seja o teu dizer sim, sim; não, não. Isto é: sinceridade, transparência sempre. Mas tudo isso dulcificado pela compaixão.

Não se trata de achar que o outro é um coitado ou um medíocre. Quem pensa assim está desprezando a outra pessoa.

O estado de compaixão compreende o próximo verdadeiramente. Não se põe em posição superior a ele. Não o humilha.

A verdadeira compaixão é generosa. Ela entende o momento e as razões da outra pessoa.

Um exemplo de gesto de compaixão está em Jesus: no alto da cruz, fustigado por fome e sede, traído pelos amigos, torturado pelos homens, Ele ergueu os olhos para o céu.

E pediu simplesmente ao Pai Celeste: Perdoa-os, Pai, pois não sabem o que fazem.

Não lhes enumerou os erros, mas suplicou para eles o perdão divino.

Certamente cada um dos que feriram Jesus carregou, durante anos a fio, o peso do remorso. A lei divina não deixou de agir neles.

Mas, enquanto seus algozes permaneciam na Terra, açoitados pela própria consciência, o Cristo seguia adiante, em paz consigo mesmo.

* * *

Hoje - pelo menos hoje - pense na grandeza desse gesto e imite Jesus.

Redação do Momento Espírita.
Em 30.1.2017.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

As afeições terrenas e a reencarnação

O dogma da reencarnação indefinida encontra oposições, no coração do encarnado que ama, porque, em presença dessa infinidade de existências, produzindo laços em cada uma delas, ele pergunta com espanto em que se tornam as afeições particulares, e se estas não se fundem num único amor geral, o que destruiria a persistência da afeição individual. Ele se pergunta se esta afeição individual não é apenas um meio de adiantamento e então o desânimo desliza em sua alma, porque a verdadeira afeição experimenta a necessidade de um amor eterno, sentindo que ela não se cansará jamais de amar. O pensamento desses milhares de afeições idênticas lhe parece uma impossibilidade, mesmo admitindo faculdades maiores para o amor.

O encarnado que estuda seriamente o Espiritismo, sem idéia preconcebida para um sistema e não para um outro, sente-se arrastado para a reencarnação pela justiça que decorre do progresso e do avanço do Espírito a cada nova existência; mas quando o estuda do ponto de suas afeições do coração, duvida e se espanta mau grado seu. Não podendo pôr de acordo esses dois sentimentos, ele se diz que aí ainda um véu a levantar e seu pensamento em trabalho atrai as luzes dos Espíritos para pôr em concordância o coração e a razão.

Disse antes: a encarnação para onde é anulada a materialidade. Mostrei como o progresso material a princípio tinha requintado as sensações corporais do Espírito encarnado; como o progresso espiritual, vindo a seguir, havia contrabalançado a influência da matéria, depois a tinha subordinado a sua vontade e que, chegado a esse grau de domínioespiritual, a corporeidade não tinha mais razão de ser, pois o trabalho estava realizado. Examinemos agora a questão da afeição sob os aspectos materiais e espirituais.

Para começar, o que é a afeição, o amor? Ainda a atração fluídica, atraindo um ser para outro, unindo-os no mesmo sentimento. Essa atração pode ser de duas naturezas diversas, pois os fluidos são de duas naturezas. Mas para que a afeição persista eternamente, é preciso que seja espiritual e desinteressada; são precisos abnegação, devotamento e que nenhum sentimento pessoal seja o móvel deste arrastamento simpático. Desde que nesse sentimento haja personalidade, há materialidade. Ora, nenhuma afeição material persiste no domínio do Espírito. Assim, toda afeição apenas resultante do instinto animal ou do egoísmo, se destrói com a morte terrestre.

É assim que seres que se dizem amadas são esquecidos após pouco tempo de separação! Vós os amastes por vós e não por eles, que não vivem mais; esquecestes e os substituístes; procurastes consolo no esquecimento; tornam-se indiferentes porque não tendes mais amor. Contemplai a humanidade e vede quão poucas as afeições verdadeiras na terra! Assim, não se devem admirar tanto da multiplicidade das afeições aí contraídas. São em minoria relativa, mas existem as que são reais e persistem e se perpetuam sob todas as formas, primeiro na terra, depois se continuando no estado de Espírito, numa amizade ou num amor inalterável, que cresce, elevando-se mais. Vamos estudar esta verdadeira afeição: a afeição espiritual.

Ela tem por base a afinidade fluídica espiritual que, atuando só, determina a simpatia. Quando assim é, é a alma que ama a alma e essa afeição só toma força pela manifestação dos sentimentos da alma. Dois Espíritos unidos espiritualmente se buscam e tendem sempre a aproximar-se; seus fluidos são atrativos. Se estiverem no mesmo globo, serão impelidos um para o outro; se separados pela morte terrena, seus pensamentos unir-se-ão na lembrança e a reunião far-se-á na liberdade do sono; e quando soar a hora da reencarnação para um deles, procurará aproximar-se de seu amigo, entrando no que é a sua filiação material, e o fará com tanto mais facilidade quanto seus fluidos perispiritais materiais encontrarão afinidades na matéria corporal dos encarnados que deram à luz o novo ser.

Daí um novo aumento de afeição, uma nova manifestação de amor. Tal Espírito amigo vos amou como pai, vos amará como filho, como irmão ou como amigo, e cada um desses laços aumentará de encarnação a encarnação e se perpetuará de maneira inalterável quando, realizado o vosso trabalho, viverdes a vida do Espírito.

Mas esta verdadeira afeição não é comum na terra e a matéria a vem retardar, anular-lhe os efeitos, conforme ela domine o Espírito. A verdadeira amizade, o verdadeiro amor, sendo espiritual, tudo quanto se refere à matéria não é de sua natureza e em nada concorre para a identificação espiritual. A afinidade persiste, mas fica em estado latente até que, dominando o fluido espiritual, de novo se efetua o progresso simpático.

Resumindo, a afeição espiritual é a única resistente no domínio do Espírito. Na terra e nas esferas do trabalho corporal, concorre para o avanço moral do Espírito encarnado que, sob a influência simpática, realiza milagres de abnegação e de devotamento aos seres amados. Aqui, nas moradas celestes, ela é a satisfação completa de todas as aspirações e a maior felicidade que o Espírito possa desfrutar.


Revista Espírita 1864 -Allan Kardec - pág. 52
 
 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Onde estamos escondendo o amor? | Monja Coen | Zen Budismo

Simplicidade

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Krishnamurti

Nós parecemos pensar que simplicidade é meramente uma expressão externa, um retraimento – ter poucas posses, vestir uma tanga, não ter casa, usar poucas roupas, ter uma pequena conta no banco. Certamente, isso não é simplicidade. Isso é meramente uma demonstração externa. E me parece que simplicidade é essencial, mas a simplicidade pode surgir apenas quando começamos a compreender o significado do autoconhecimento.
 
 Ojai, California, July 1949 - Fourth Talk in The Oak Grove