sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Roda da Vida

É fascinante a forma como o Universo coloca em nossas mãos o que precisamos. Um amigo, muito querido, me presenteou com o livro A Roda da Vida, que tem me feito pensar sobre muitas coisas. Na verdade, o objetivo dele ao me presentear era fortalecer a minha aceitação e compreensão da morte, mas o livro traz tantas lições que, de repente, o objetivo maior do presente ficou em segundo plano e o ensinamento sobre qual o nosso papel na vida aparece com mais força que todos os outros. São poucos os exemplos  de pessoas  que tem essa postura universal diante da vida. O ser humano em geral foca sua atenção apenas  em si mesmo. É muito bom quando nos deparamos com um exemplo assim, que nos leva a questionamento tão importante sobre o que estamos fazendo na ou da nossa vida, porque nos leva refletir e mudar. E mudar é muito bom!!!
 


Elisabeth Kübler-Ross, médica, é a mulher que mudou a maneira como o mundo pensava sobre a morte e o morrer. Através de seus vários livros e muitos anos de trabalho com crianças, pacientes de AIDS e idosos portadores de doenças fatais, Kübler-Ross trouxe consolo e compreensão para milhões de pessoas que tentavam lidar com a própria morte ou com a de entes queridos. Hoje, enfrentando a perspectiva da morte aos setenta e um anos, essa médica internacionalmente famosa conta a história de sua vida e aprofunda sua verdade final - a morte não existe. Escrita com franqueza e entusiasmo, a autobiografia de Kübler-Ross reconstitui o desenvolvimento intelectual e espiritual de um destino. As convicções que enfrentaram dogmas, preconceitos e críticas, já estavam presentes na menina suíça, quando a jovem Elisabeth se viu pela primeira vez diante das injustiças do mundo e jurou acabar com elas. Sua história é uma aventura do coração, vigorosa, controvertida, inspiradora e um legado.
Sinopse retirada do site: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=190984&sid=62134918315223319129500874

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O Anel

Autor desconhecido
"Venho aqui, mestre, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Me dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?
O mestre, sem olhá-lo, disse: - Sinto muito, meu jovem, mas não posso ajudá-lo; devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez, depois. E, fazendo uma pausa, falou:

- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar.

- C... Claro, mestre, gaguejou o jovem, mas se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu mestre.

O mestre tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse:


- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender este anel, porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenha o máximo possível pelo anel, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado e começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando ele mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele; só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.


Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro, e recusava as ofertas.


Depois de oferecer a joia a todos os que passaram pelo mercado,  abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel; assim, livraria a preocupação de seu professor, podendo receber ajuda e conselhos.


Entrou na casa e disse: - Mestre, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez, pudesse conseguir duas ou três moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.


- Importante o que disse meu jovem, contestou sorridente.


- Devemos saber, primeiro, o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.


O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou-o e disse:


 - Diga ao seu Mestre que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.

- 58 MOEDAS DE OURO!!! Exclamou o jovem.


- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que, com tempo, eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...


O jovem correu, emocionado, à casa do mestre para contar o que ocorreu.


- Senta, disse o mestre. Depois de ouvir tudo o que o jovem lhe contou, disse:


- Você é como esse anel, uma joia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um “expert”. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor??? Dizendo isso, voltou a colocar o anel no dedo.


- Todos somos como esta joia: valiosos e únicos.

Andamos por todos os mercados da vida, pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem... porém ninguém, além do Grande Joalheiro, sabe o nosso valor!!! Ninguém pode lhe fazer sentir inferior sem seu consentimento.


 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Almas Gêmeas

 
Joanna de Ângelis
“Pessoas imaturas, sonhadoras e  fantasistas mantêm o sentimento de amor dentro do padrão lúdico, vivendo em busca de sua alma gêmea, a fim de completar-se,  como se os indivíduos fossem metades aguardando a outra parte.
As almas  nascem gêmeas nos sentimentos universais, nos ideais de engrandecimento, na grande família, na qual se destacam os Espíritos mais evoluídos, capazes de gestos nobres da renúncia e da abnegação em favor daqueles a quem amam e, por extensão, por todas as criaturas...
Desejando-se a alma gêmea,  intimamente anela-se por encontrar alguém disposto a servir e estando sempre presente nas necessidades, sem pensar-se na retribuição e nos cuidados que devem ser mantidos por sua vez.”
 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Saudade

Pablo Neruda
Saudade  é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Imagem retirada de: http://www.soniamoura.com.br/?p=1548

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Uma Relíquia: Papillon - o homem que fugiu do inferno


http://www.youtube.com/watch?v=NZ_jJs-qn5s

O filme Papillon – O Homem que Fugiu do Inferno produzido em 1973. É um filme norte-americano realizado por Franklin J. Schaffner e estrelado por Steve McQueen, Dustin Hoffman, Victor Jory, Don Gordon e Anthony Zerbe. O argumento é da autoria de Lorenzo Semple Jr. e Dalton Trumbo, adaptando o livro autobiográfico de Henri Charrière com o mesmo nome. Conta a história de um homem injustamente preso na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. A história se passa nos anos 30, contando a fascinante história verídica de Henri Charrière, interpretado por Steve McQueen, um homem conhecido por Papillon por ter tatuada no peito uma grande borboleta (que, em francês, é "papillon"). Apesar de reclamar inocência da acusação de assassinato, é condenado à prisão perpétua e enviado para cumprir a sentença na costa da Guiana Francesa, próximo à Ilha do Diabo. É também avisado de que qualquer tentativa de fuga será punida com dois anos de permanência na solitária, passando a cinco anos se houver reincidência. Todavia, isso não assusta Papillon.
 
Eu era adolescente  – não façam contas – e tive que fazer loucuras  para assisti-lo, porque ele era proibido para menores de 18 anos e ainda me faltavam cinco anos para eu chegar lá. Mesmo assim consegui assisti-lo várias vezes. Papillon se tornou meu herói  pela sua coragem e pelo seu amor à liberdade.  Nunca soube de ninguém que tivesse tanta garra para lutar por alguma coisa quanto Papillon. Ser livre era tudo que importava  para ele e todos os comentários que eu encontrava sobre o filme eram unanimes em afirmar que a história era verídica, o que a tornava mais fascinante ainda. Sempre durante toda a minha vida, nos momentos de sufoco, principalmente quando trabalhava como contadora, eu sempre lembrava  daquela  última cena do filme em que Papillon flutuava  sobre o mar em um saco de coco.  Desconfio que me identifiquei  com Papillon, porque em meu coração também havia a mesma ânsia de liberdade e a mesma força para lutar pelas coisas da vida ou será que foi a vida que sempre me colocou em situações em que precisei  ser um pouco Papillon? Mas isso não importa.

Hoje, quarenta anos depois, consegui em um grupo de troca de livros o livro Papillon.

Exatamente em um momento que eu estava precisando de toda coragem de Papillon. Coincidência?!  Pois bem, o livro é de encantar o coração e mostra que o filme passa apenas parte da história, que a riqueza de detalhes que traz o livro nos faz identificar muitas diferenças. No filme Louis Dega não se encontra entre os prisioneiros que fugiram com Papillon. Os fugitivos são Papillon, Maturette e Clousiot – que foi substituído por Dega no filme.  Também encontramos no livro um Papillon com 25 anos de idade e Steve McQueen tinha 43 anos na ocasião, pois foi sete anos antes da morte dele em 1980. Isso faz muita diferença. Sem desmerecer a beleza de Steve McQueen:
 
Finalmente a música, tema do filme,  nomeada  para o Oscar de melhor trilha sonora, da autoria de Jerry Goldsmith : http://www.youtube.com/watch?v=t9v9-QQsGeI

Site consultado: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papillon. Acesso:  4 de fevereiro de 2013;
Livro consultado: CHARRIÈRE, Henri. Papillon: O Homem que Fugiu do Inferno. 18ª ed. São Paulo: DIFEL,1986.

Muiiiiito obrigada!!!!!!!!!


Com a partida de minha mãe, em 27 de janeiro, não podia deixar de aproveitar esse espaço para deixar registrada minha gratidão a todos meus amigos, tão queridos, que me ajudaram tanto nessa travessia tão difícil, que foi esse período de toda essa doença da minha mãe. Sem vocês eu não teria conseguido.

Agradeço pela ajuda material, que me sustentou durante quase  dois anos de desemprego, que precisei parar de trabalhar para cuidar dela; agradeço pela ajuda inestimável, que permitiu o internamento dela em um bom Hospital, o Hospital da Mulher de Fortaleza,  proporcionando a ela uma morte digna,  recebendo cuidados tão especiais no final de sua vida; agradeço as receitas, os remédios, os atestados; agradeço pelas ligações diárias e preocupações constantes comigo e com ela; agradeço pelas orações, vibrações e mensagens que recebi diariamente, por telefone e pela internet;  agradeço pela paciência com meus desabafos nesses papos no google/facebook , às vezes, altas horas da noite; agradeço aos amigos que ajudaram doando seu próprio sangue para benefício dela e, enfim, ainda são tantas coisas que tenho para agradecer...

Sinto-me muito endividada, mas para me colocar de prontidão para fazer o mesmo por vocês seria necessário que vocês passassem algo parecido com o que eu passei, para, assim, precisarem de tamanha ajuda e disso nenhum de vocês é merecedor. Portanto, só me resta aproveitar o exemplo de todos, que algumas vezes se colocaram em situações constrangedoras para me ajudar, que tiveram tanta paciência com os meus momentos de desesperança, que toleraram de forma tão nobre meus rompantes, minhas impaciências e, algumas vezes, até minhas atitudes agressivas e procurar fazer “uma corrente do bem”, procurando passar adiante tudo que aprendi  e sempre estou aprendendo com vocês,  ajudando, de todas a formas,  todos que encontrar em sofrimento no meu caminho.

Não poderia deixar de fazer um agradecimento muito especial a todos meus queridos irmãos do CENTRO ESPÍRITA LAR DOS HUMILDES, minha família espiritual, que estiveram tão presentes em minha vida nesses momentos e também a minha amiga Marinete Lins, que é  um anjo de alegria em minha vida.

Que as melhores bênçãos de Jesus envolvam todos vocês! Muito obrigada!

Imagem retirada do blog: http://olhar-filosofico.blogspot.com.br/2012/05/namaste.html