Judith Viorst
As perdas são partes da vida. As
perdas são necessárias porque para crescer temos de perder, não só pela morte,
mas também por abandono, pela desistência.
Em qualquer idade, perder é difícil e doloroso, mas só através de nossas perdas
nos tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.
As pessoas que somos e a vida
que vivemos são determinadas, de uma forma ou outra, pelas nossas experiências
de perda. Esta compreensão ajuda a ampliar o campo de nossas escolhas e
possibilidades.
Todos nós, em princípio,
lutamos contra as perdas, mas as perdas são universais, inexoráveis e muito
abrangentes em nossas vidas.
E nossas perdas incluem não
apenas separações e abandonos, mas também a perda consciente ou inconsciente,
de sonhos românticos, ilusões de segurança, expectativas irreais e outras.
As perdas que enfrentamos ao
longo da vida, e das quais não podemos fugir são:
- Que o amor de nossos pais não é só nosso.
- Que nossos pais vão nos deixar, e que nós vamos deixá-los.
- Que por mais sábio, belo e encantador que alguém seja ninguém tem assegurado
casar e “ser feliz para sempre".
- Que temos de aceitar - em nós mesmos e nos outros - um misto de amor e ódio,
de bem e de mal.
- Que tudo nesta vida é implacavelmente efêmero.
- Que estamos neste mundo essencialmente por nossa conta.
- Que somos completamente incapazes de oferecer a nós mesmos ou aos que amamos,
qualquer forma de proteção contra a dor e contra as perdas necessárias.
- Que nossas opções são limitadas pela nossa anatomia e pelo nosso potencial.
- Que nossas ações são influenciadas pelo sentimento de culpa incutido em nós
pela educação que recebemos.
Examinar estas perdas permitem
aceitar e modelar melhor os fatos da nossa vida.
Começar a perceber com nossas
perdas moldaram e moldam nossas vidas pode ser o começo de uma vida mais promissora e Feliz.