Quando
precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso
que temos é o de ser resistente à nova situação.
É
difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a
doença, a humilhação, as traições.
A
nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que
nos gera sofrimento.
Agindo
assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao
problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado.
Em
outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos
entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.
Todas
essas reações são destrutivas e desagregadoras.
Quando
não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e
emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções.
Pode
parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos
desistindo de lutar e sendo fracos.
Mas
não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma
finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser
encarada com serenidade e fé.
Na
verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e
sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar
admitindo a nova situação.
A
aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de
sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta.
É
detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
Existem
inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então
acatá-las.
É
fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim
manter-se lúcido e otimista no momento necessário.
No
instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por
nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.
Aceitar
é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e
alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.
É
nos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.
* * *
Estamos
nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de
renascimento no corpo físico.
Os
sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência,
são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas.
Lembremos
que todas as dores são transitórias.
Quando
elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para
elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos
crescer em direção a Ele.
Busquemos,
desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o viveu, e o
amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no crescimento e
avanço para Deus.
Redação do Momento Espírita, com base no
texto Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do cap. 20, do
livro Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. Leal.