segunda-feira, 13 de julho de 2020

Amei-te sem Saberes

Triste rose Fotografias de Banco de Imagens, Imagens Livres de ...
No avesso das palavras
na contrária face
da minha solidão
eu te amei
e acariciei
o teu imperceptível crescer
como carne da lua
nos noturnos lábios entreabertos

E amei-te sem saberes
amei-te sem o saber
amando de te procurar
amando de te inventar

No contorno do fogo
desenhei o teu rosto
e para te reconhecer
mudei de corpo
troquei de noites
juntei crepúsculo e alvorada

Para me acostumar
à tua intermitente ausência
ensinei às timbilas
a espera do silêncio

Mia Couto, in 'Raiz de Orvalho'

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

História da Solidão e dos Solitários



A oposição entre convivência e isolamento é intensificada pelo papel das novas tecnologias de comunicação e das redes sociais. Mas esse fenômeno é apenas o ponto de chegada de uma longa história que começa na Antiguidade, quando os pensadores já haviam posto a alternativa em seus termos: o homem é um “animal social”, mas não deixa de ser amante dos encantos bucólicos do isolamento. Solidão física e psicológica, solidão voluntária e aplicada como pena criminal, refúgio e maldição: este livro retraça em detalhe a história da dubiedade dessa condição humana.

TRADUÇÃO: Maria das Graças de Souza
ASSUNTOS: História Cultural / História Geral
ANO: 2019
ACABAMENTO: Brochura
PÁGINAS: 503
ISBN: 9788539307951
PESO: 805g
FORMATO: 16 X 23

Georges Minois é professor de História e historiador das mentalidades religiosas. Dele, a Editora Unesp publicou História do riso e do escárnio (2003), A idade de ouro (2011), História do ateísmo (2014), História do futuro (2016) e História do suicídio (2018).