quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A Voz Do Silêncio


Martha Medeiros

Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.

Simples, rápido! E quanta força!

Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.

Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.

Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.

Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.

É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.

Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.

Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"

É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.

É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.

Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.

O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.

E fala alto.

É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem.

domingo, 26 de outubro de 2014

Eu sei


Um homem que diz: “Eu sei” é o mais destrutivo ser humano porque ele, realmente, não sabe. O que ele sabe? Assim, quando você está consciente de que mudou, quando está ciente de que mudou, você não mudou.
Krishnamurti 

Tem que ser assim...


Humildade


Você sabe por quê o mar é tão grande?
Tão imenso ?
Tão poderoso? 
É porque teve a humildade de colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios…
Sabendo receber, tornou-se grande… 
Se quisesse ser o primeiro, centímetros acima de todos os rios, não seria mar, mas sim uma ilha…
Toda sua água iria para os outros e estaria isolado… 
A perda faz parte…
A queda faz parte… 
A morte faz parte…
É impossível vivermos satisfatoriamente.
Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer…
Impossível ganhar sem saber perder… 
Impossível andar sem saber cair…
Impossível acertar sem saber errar… 
Impossível viver sem saber morrer…
Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará…
Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, errar e perder.
E isto você já sabe…
Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade
o ganho e a perda… o acerto e o erro…o triunfo e a queda… a vida e a morte…
A derrota e a vitória…

Fonte: http://www.gotasdepaz.com.br/

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Tudo Posso


Celina Borges

Posso, tudo posso Naquele que me fortalece
Nada e ninguém no mundo vai me fazer desistir
Quero, tudo quero, sem medo entregar meus projetos
Deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim
E ali estar

Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu pra mim
Vou persistir e mesmo nas marcas daquela dor
Do que ficou, vou me lembrar

E realizar o sonho mais lindo que Deus sonhou
Em meu lugar estar na espera de um novo que vai chegar
Vou persistir, continuar a esperar e crer
E mesmo quando a visão se turva e o coração só chora
Mas na alma há certeza da vitória

Posso, tudo posso Naquele que me fortalece
Nada e ninguém no mundo vai me fazer desistir

Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu pra mim
Vou persistir, e mesmo nas marcas daquela dor
Do que ficou, vou me lembrar

E realizar o sonho mais lindo que Deus sonhou
Em meu lugar estar na espera de um novo que vai chegar
Vou persistir, continuar a esperar e crer
Eu vou sofrendo, mas seguindo enquanto tantos não entendem

Vou cantando minha história, profetizando
Que eu posso, tudo posso... em Jesus!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ter sempre razão

Quanto custa ter sempre razão?

Em algum momento, paramos para analisar esta questão? Já pensamos quais são as consequências de sempre querer provar que estamos certos?

É claro que defender um ponto de vista é corriqueiro. Colocar nosso posicionamento ou nossas ideias perante um fato, de maneira sensata, é mesmo saudável.

Trocar ideias a respeito de um tema, argumentar a favor de um conceito no qual acreditamos, são posturas naturais e comuns nas nossas relações cotidianas.
Porém, quando essa atitude supera todas as barreiras, está sempre como ponto de honra de nossa palavra, quando se torna fundamental ter a razão, qual o preço a ser pago?

Quantas vezes nos aborrecemos com alguém pelo simples fato de querermos convencê-lo de que ele está errado em sua forma de pensar?

Quem de nós não se pegou transformando uma discussão tranquila em um afrontamento pessoal?

Ou ainda, quantas vezes não elevamos o tom da conversa, nos tornamos ríspidos no enfrentamento de ideias?

Defendemos nosso ponto de vista como acreditamos ser o mais adequado. E, naturalmente, temos nossa maneira de ver a realidade, conforme nossos valores, conceitos e capacidades.

Quatro pessoas, cegas de nascença, ao serem colocadas junto a um elefante vão conseguir relatar o que puderem tocar do animal.

Se não lhes derem a oportunidade de perceber as diferenças entre orelha, cauda, tromba, corpo, terão apenas uma ideia parcial.

Não estarão erradas, apenas cada uma terá somente parte da razão.

Muitas vezes isso acontece nos nossos relacionamentos. Temos a nossa percepção, a nossa capacidade de análise.

Não quer dizer que estejamos errados ou que não tenhamos razão em nossos argumentos.

Porém não podemos esquecer de que o outro tem sua própria forma de ver, seus valores, suas ideias.

Enfrentar-se nessas situações, será o duelo de ideias, a briga de argumentos, em que, quase sempre, o que existe, de verdade, é o desejo de impor nosso raciocínio, nossa argumentação.

Inúmeras vezes, em nome de desejarmos provar que a razão nos pertence, usamos nossa palavra como quem está numa batalha, não desejando nunca perder.

Ter sempre razão às vezes custa o preço de uma amizade.

Buscar impor aos outros nossos argumentos, repetidamente, pode ocasionar o desgaste da relação.

Querer estar sempre certo, no campo das ideias e reflexões, pode causar fissuras nas relações familiares.

Assim, antes de buscarmos ter razão, melhor buscarmos a preservação da harmonia.

Antes de querermos ser vencedores em nossa argumentação, melhor que tenhamos paz de espírito.

A verdade, mais dia, menos dia, se fará presente, duradoura, perene.
Assim, mesmo quando toda a razão nos pertença, vale refletirmos se devemos continuar nossos duelos de ideias.

Talvez, o melhor, em determinadas situações, seja utilizarmos nossa capacidade pensante, nosso senso de validação para buscar compreender o próximo.

Ao assim procedermos, poderemos entender o porquê dos argumentos alheios, de sua forma de agir, facilitando e aprofundando nossas relações.

Dessa maneira, evitaremos o granjear de atritos e dissabores, pesos desnecessários ao nosso coração.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 12.9.2014.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Escutar


Rubem Alves
"O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção."

sábado, 11 de outubro de 2014

Paciência( A vida é tão rara) Lenine


Paciência antes da crise


O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.

De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.

A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.

A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.

O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas...

Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida dito moderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbrios que a paciência pode evitar.

Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.

Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.

Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única forma de superá-las com êxito.

* * *

Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.

Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.

Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.

Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.

A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.

O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.

É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.

O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas.

* * *

Você já se propôs ser mais paciente? Já colocou isso como meta na vida alguma vez?

É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estou mais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale com facilidade.

Começamos assim um processo de autopreservação, de automonitoramento e, toda vez que uma situação crítica se apresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto me tire do sério.

Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém a essência deste trabalho está em começar já, imediatamente.

Quem antes inicia, antes colhe os benefícios.
 
Redação do Momento Espírita com base no cap. 10, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 06.04.2010.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O presente da paciência


A afabilidade e a doçura


LÁZARO
Paris, 1861

A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.

A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E sou detestado”.

Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus.
do Evangelho Segundo o Espiritismo

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Há certas horas...


Há certas horas, que não precisamos da paixão desmedida
Não queremos beijo na boca
E nem desejamos corpos a se encontrar
na maciez da cama...

Há certas horas,
Que só queremos a mão no ombro,
O abraço apertado
Ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado
Sem nada dizer....

Há certas horas,
Quando estamos quase pra chorar,
Que desejamos a presença amiga,
A nos ouvir paciente,
A brincar com a gente,
A nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas mais sem graça
Que ache as nossas tristezas as maiores do mundo
Ou que nos teça elogios sem fim...
Mas que apesar de todas essas mentiras úteis,
Nos seja de uma sinceridade inquestionável...

Alguém que nos mande calar a boca
Ou nos evite um gesto impensado
Alguém que nos possa dizer:
Acho que estás errado, mas estou ao teu lado...

Ou alguém que apenas diga: Amo você!

Desconheço o autor

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Deve chamar tristeza


Fernando Pessoa

Deve chamar-se tristeza
Isto que não sei que seja 
Que me inquieta sem surpresa
Saudade que não deseja.
Sim, tristeza - mas aquela 
Que nasce de conhecer 
Que ao longe está uma estrela
E ao perto está não a Ter. 
Seja o que for, é o que tenho. 
Tudo mais é tudo só.
E eu deixo ir o pó que apanho
De entre as mãos ricas de pó.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

CIZÂNIA

Joanna de Ângelis

Os lexicógrafos definem a cizânia como sendo "rixa, desarmonia, discórdia entre pessoas de amizade."

A cizânia constitui, pela sua própria estrutura, adversário ferino da obra de edificação do bem, onde quer que se manifeste. Parte integrante da personalidade humana, o espírito da cizânia facilmente se instala onde o homem se encontra. Estimulada pelo egoísmo, distende com muitas possibilidades as suas tenazes, surpreendendo quantos incautos se permitem, por invigilância, trucidar.

Soez, persistente, contínua, a cizânia, ao manifestar-se, divide o corpo coletivo em falsos grupos de eleição, que logo se entredisputam primazia, estabelecendo o combate aguerrido e franco sob os disfarces da pusilanimidade ou da simulação.

A cizânia deve ser combatida frontalmente onde quer que o bem instaure o seu reinado. Para tanto, faz-se mister que cada membro ativo do grupo da ação nobilitante compreenda o impositivo da humildade. Como a característica essencial da humildade é fazer-se identificar sempre carecente de aprimoramento, enquanto se luta por adquiri-la, as farpas da inveja não se cravam no seu corpo e as disputas infelizes não vicejam.

Ante o esforço para a fixação da humildade legítima, a cizânia não consegue proliferar, isto porque é muito mais produtivo ser tachado de ingênuo ou tolo, porém pacífico e cordato, a dúctil e lúcido, no entanto, combativo e promovedor da discórdia.

Não esqueças que mesmo no Colégio Galileu, não poucas vezes esse tóxico letal foi identificado, pernicioso, pelo incomparável Senhor, que, não obstante o alto patrimônio da Sua elevação, teve que enfrentá-la com energia e humildade.

Vigia, Espírito dedicado, nas nascentes do labor que desdobras, na tarefa empreendida, e sê daqueles cujo serviço pode prosseguir sem tua cooperação, embora não possas marchar sem ele, por indispensável à tua elevação.

Oferece a quota do teu trabalho, compreendendo que no cômputo geral a importância de cada um está na medida do esforço despendido, nunca em relação à função exercida.

Impossível fulgir a jóia não houvesse sido esse brilho precedido pelo esforço do garimpeiro ignorado, que se adentrou pela mina perigosa a buscá-la.

A pérola pálida, a refulgir, ostenta sua beleza graaças ao estoicismo do mergulhador, que desceu às águas abissais para arrancá-la da ostra ergastulada nas rochas submarinas.

No trabalho renovador ao qual te afervoras, não te olvides dos que atuam nas funções modestas, todavia indispensáveis ao serviço que desdobras.

O rei não poderia rodear-se de conforto e grandeza sem o concurso do operário humilde que lhe ergueu o trono, ou da cozinheira que lhe sustenta a manutenção do equilíbrio orgânico. E a estabilidade do seu império estaria sempre ameaçada não fosse a fidelidade dos que o mantêm, vigilantes e muitas vezes ignorados.

A cizânia nasce sempre no seio da vaidade que se faz nutrir pela presunção.

Esquece, portanto, os títulos e valores a que te apegas, pois que eles nada valem diante d'Aquele a quem serves ou a quem procuras servir.

A obra do bem tem passado sem ti; e depois que passes, ela prosseguirá passando.

Reage à cizânia, impedindo que ela te domine no pensar, no falar, a fim de que não se desdobre através do agir.

Examina o íntimo do Espírito para que as mentes geratrizes da cizânia, vitalizadas pelo pretérito infeliz e corporificadas em grupos de perturbadores do Mundo Espiritual, não encontrem na tua mente açulada o campo para as cogitações da censura injustificada, aos que não podem ser iguais a ti, quer estejam abaixo ou acima do teu nível de produtividade. Não olvides, que ao mais esclarecido é exigida maior dose de tolerância, de compreensão e de misericórdia.

Quantas vezes o amigo, habitualmente fiel, em se voltando para agredir não se encontra enfermo? Nesse momento, não há outras alternativas senão piedade e socorro para ele.

Se desejas realmente, como apregoas, que cresça o trabalho do Cristo, não faças perniciosa distinção entre os servidores, não sugiras separativismos, não confrontes mediante opiniões que criam ciúmes ou açulam vaidades vãs pelo elogio gratuito, indisciplinado e improcedente, porque todo coração é maleável à palavra da bajulação dourada como todo Espírito é acessível à referência azeda da impiedade, ao licor embriagante da perversão.

Mantém, por tua vez, o compromisso de doação da palavra amiga e estimulante, quanto da advertência gentil, a fim de que possas prosseguir, seguro, na diretriz do equilíbrio. Recorda que foi a cizânia dos homens que levou Jesus à cruz, através da invigilância de um companheiro enganado.

Eu porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá ser condenado no juízo. Mateus: 5-22.

A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Cap. IX - Item 6.

domingo, 5 de outubro de 2014

Você tem que se amar mais

Diego Engenho Novo

"Você tem que se amar mais. Falam isso como se fosse moleza. Como se a gente tivesse um botãozinho de autoamor. Apertou, amou. Tem gente que entende que o jeito é ir pra academia, tomar uns shakes, fechar a boca, fazer luzes. De fato, a autoestima melhora. Mas estima não é amor. Seguindo por aí, a gente no máximo aumenta o tesão por si. Se acha uma delícia, dá uns amassos em si, mas não liga no dia seguinte. A gente não quer nada sério com a gente.

E como é que se ama? Desconfio que amar a si mesmo é como amar o outro, ora. Primeiro a gente se conhece, troca olhares, a gente se escuta atentamente. Descobre do que gosta, acha graça dos defeitos, se aproxima aos pouquinhos. A gente se apaixona quando quer saber de toda a história, de todos os detalhes que ninguém antes perguntou. E então, encantado por aqueles caminhos, a gente vai entrando neles, até se perder, adoravelmente.

A gente se encanta, mas não se apaixona só por um corpão. A gente se apaixona mesmo por um corpão com belas curvas de humor, sacadas bem definidas, pelo cuidado, pela atenção, pelos músculos fortes do coração do outro. Conheço um monte de gente que não tem isso por si mesmo. Não ri das próprias piadas, não se encanta pelas próprias descobertas, não se cuida, não se ouve atentamente, não esculta o próprio pulsar. Conheço um monte de gente que não entendeu ainda que a gente só ama quem admira.Mire em si mesmo para admirar.

Amar a si mesmo não é fácil. Eu nunca disse isso. Se amar mais é uma trilha longa e demorada de conquista. Digamos que nós nos façamos de difíceis para nós mesmos. A gente faz um doce danado para nossa própria conquista, tem um pé atrás consigo mesmos. Vai ver que é porque a gente conhece a encrenca, conhecemos nossas próprias neuras e manias, a gente já foi machucado muito por esse tal de si mesmo. Cabe a nós tentarmos enxergar os encantos adoráveis que é ser quem se é. Leve o tal do si mesmo para fazer algo que ele adora. Parece um bom começo para qualquer relação amorosa."
Pesquei esse texto do face de Fernanda K.F. cavalcante

sábado, 4 de outubro de 2014

"Olhai as Aves do Céu"


por  Selma Magni

Olhei para o entardecer ,em um Por de Sol Maravilhoso ,NA HORA DA AVE MARIA ,e vi os Pássaros se recolherem, e procurando pelos seus ninhos ,alegres e confiantes .

Tomando como exemplos,as aves do céu ,Jesus nos pede para que observemos ,para aprender uma filosofia de vida melhor ,que nos levaria a alcançar a felicidade .

Diz Jesus ..”Não vos inquieteis,ao que haveis de comer amanhã ,..Olhai as Aves do céu ; elas não semeiam , é Vosso Pai que as Alimentam ,..então Não valei mais do que elas?”

As aves vivem felizes e confiantes ,cheias de Paz ,sem se preocuparem ,enquanto os homens ,por não possuírem a Fé, que é a confiança absoluta em Deus sentem as angustias de seus dias pelos Dias de amanhã .

As Aves vivem confiantes e tranqüilas ,cheias de Paz e entre elas não tem invejas ,brigas ,..

Na Sua maneira de viver ,sentem segurança e felicidade ,desfrutando os encantos da natureza.Elas desconhecem o desamor ,a ganância ,o medo e a solidão ,por isso temos muito à aprender com Elas .

Se nós nos entregássemos sem reservas para o Nosso Pai Celestial, e Confiantes em Sua Ajuda ,certamente seriamos mais felizes,como as Aves do Céu.

Vamos nos esforçar ,em vencer as nossas angustias ,ansiedades ,e vencer nossos temores pelos dias de amanhã ,..

Sintamos Esperança ,otimismo ,em vez de falarmos de coisas ruim e tristes,..

Sejamos como as aves ,que estão essencialmente ativas ,trabalham ,constroem seus ninhos com Amor e Arte ,criam seus filhotes com desvelo e sabedoria.

Se assim procedêssemos ,viveríamos em liberdade ,sentiríamos segurança, desconhecendo as duvidas ,que nos roubam a Alegria de viver ,..Alegria que os pássaros tão bem sabem desfrutar

Se alcançarmos um profundo estado interior de Confiança na Vida ,viveríamos mais em harmonia ,e assim as inquietações seriam menas .

O Pai Celestial ,através de Suas Leis,deixa ,que sintamos as conseqüências de nossos erros ,para que com eles procuramos nos corrigir,conseguindo a felicidade .

ENTÃO ,que possamos, ”OLHAR AS AVES DO CÉU COM SABEDORIA”