sábado, 25 de maio de 2013

Horizonte Vermelho




 HORIZONTE VERMELHO, ditado pelo Espírito de Sophie a médium Elizabeth Pereira. O livro trata da evolução espiritual pelo qual todos nós passamos. Retrata esse processo de arrependimento, expiação e reparação e mostra  a lentidão do crescimento humano e a grande dificuldade do Espírito para superar seus defeitos. É um grande livro, que traz profundos ensinamentos. Um romance histórico, de ação e de amor. Vale a pena conhecê-lo.


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Soneto

Chico Buarque
 
 
Por que me descobriste no abandono
 Com que tortura me arrancaste um beijo
 Por que me incendiaste de desejo
 Quando eu estava bem, morta de sono
 
Com que mentira abriste meu segredo
 De que romance antigo me roubaste
 Com que raio de luz me iluminaste
 Quando eu estava bem, morta de medo
 
Por que não me deixaste adormecida
 E me indicaste o mar, com que navio
 E me deixaste só, com que saída
 
Por que desceste ao meu porão sombrio
 Com que direito me ensinaste a vida
 Quando eu estava bem, morta de frio
 
http://ideiasemdesalinho.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_10.html


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sem chance

 
Caio Fernando Abreu

"Não existem segundas chances, porque nada volta ser como era antes.
  Depois que algo é quebrado sempre vão existir marcas que vão provar que algo esteve errado.

  Não existe segundas chances quando um coração é magoado.
  Não existe outras oportunidades para algo que se deixou passar."
 

domingo, 19 de maio de 2013

Cartas a Nelson Algren: um amor transatlântico - 1947/1964

No final da década de 90, as cartas enviadas pela escritora francesa Simone de Beauvoir a seu amante, o escritor norte-americano Nelson Algren, tornaram-se públicas, depois da edição do livro “Cartas a Nelson Algren: um amor transatlântico - 1947/1964 “. O livro, organizado pela filha adotiva de Simone,  Sylvie Le Bon de Beauvoir, revela a escritora de forma bastante diferente daquela até então conhecida através de suas memórias.  Simone de Beauvoir, filósofa e escritora que popularizou o aforismo: "Uma mulher não nasce, torna-se mulher"  teve  Sartre como  seu companheiro, cúmplice e  juntos  viviam uma relação aberta e mantinham  o que chamavam  de “casamento intelectual”.  Publicamente Simone sempre se mostrou uma feminista e escreveu uma das bíblias do feminismo, “O Segundo Sexo”.  A relação amorosa que ela manteve com o filósofo Jean-Paul Sartre (1905-1980), sempre apresentada como revolucionária, na prática não era exatamente assim,  pelo menos em um desses casos, a relação que Simone manteve por 17 anos com o escritor americano Nelson Algren , ela era bem diferente, em dado momento, ela anuncia que mandou fazer um robe de seda, para que em seu encontro seguinte ele pudesse vê-la lavando pratos com elegância. O casal se correspondeu até 1964, mas o romance já terminara treze anos antes, para desespero de Simone. Em várias ocasiões, ela caiu em prantos ao lembrar-se de seu grande amor. Foi ela, contudo, quem causou o rompimento: sem querer abandonar Sartre, a França e a literatura, recusou todos os pedidos de casamento de Algren. A história ganhou uma escritora engajada e perdeu uma dona-de-casa feliz.

sábado, 11 de maio de 2013

Espera


“Tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre."  (1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 13º, versículo 7.)

 Não obstante estejam carrancudas as nuvens  do teu céu, prenunciando borrasca próxima  aflitiva, espera.
          Após a tempestade que, talvez advenha,  talvez não, defrontarás dia claro  pelo caminho.
          Embora a soledade amarga  a fazer-te sofrer fel e dor como  se já não suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera.
          Amanhã, possivelmente dois braços amigos  estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará  aos teus ouvidos gentil canção…
          Mesmo que tudo conspire contra  os propósitos abraçados, ameaçando planos  zelosamente cuidados, espera.
           Há surpresas que constituem  interferência Divina,  modificando paisagens humanas,  alterando rumos considerados  corretos.
           Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche  e desconsideração, arrojando-te  à rua do descrédito, espera.
           A verdade chega após a calamidade da intrujice para demonstrar  a grandeza da sua força, renovando  conceituações.
           À borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento,  estuga o passo e espera.
           Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor.
           O futuro se consolida mediante  e as realizações do presente.
           Esperança expressa integração  no organograma da vida.
           O rio muda o curso,  a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão germina, enquanto esperam…
           A mão grandiloquente do tempo tudo muda.
           O que agora parece sombras,  logo mais surge e ressurge em ouro fulvo de luz.
           Espera, diz o Evangelho, e ama.
           Espera, responde a vida, e serve.
           Espera, proclamam os justos, e perdoa.
           Espera no dever distribuindo consolo  e compreensão, porquanto, a fim de  que houvesse a gloriosa ascensão do Senhor,  na montanha da Betânia, aconteceram a traição  infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta,  que em sublime esperança o Justo transformou  na excelsa catapulta para o Reino dos Céus.
Joanna de Ângelis/Divaldo P Franco -  Convites da Vida
Imagem retirada: http://www.gospeljovens.com.br/ref.php?cod_ref=239&reflexao=Fam%EDlia

sábado, 4 de maio de 2013

Se um dia alguém fizer com que se quebre
a visão bonita que você tem de si,
com muita paciência e amor reconstrua-a.

Assim como o artesão
recupera a sua peça mais valiosa que caiu no chão,
sem duvidar de que aquela é a tarefa mais importante,
você é a sua criação mais valiosa.

Não olhe para trás. 

Não olhe para os lados. 

Olhe somente para dentro,
para bem dentro de você
e faça dali o seu lugar de descanso,
conforto e recomposição. 

Crie este universo agradável para si. 

O mundo agradecerá o seu trabalho.

Brahma Kumaris

O abandono que não se esquece


Rosemeire Zago
          Quem viveu o abandono durante a infância pode sentir um medo incontrolável de ser deixado, procurando evitar a todo custo ser abandonado novamente. Quando falamos de abandono não é apenas em casos em que uma criança é literalmente abandonada por seus pais, a quem se espera ser amada e cuidada, mas aquelas que são abandonadas através da negligência de suas necessidades básicas, da falta de respeito por seus sentimentos, do controle excessivo, da manipulação pela culpa, ainda que ocultos, durante a infância. Crianças abandonadas, psicológica ou realmente, entram na vida adulta, com uma noção profunda de que o mundo é um lugar perigoso e ameaçador, não confiando em ninguém, porque na verdade não desenvolveu mecanismos para confiar em si mesma.
     
          O abandono está diretamente relacionado com situações de rejeições registradas na infância e que pode se intensificar durante toda a vida, principalmente quando se vivencia outras situações de rejeição e/ou abandono. CADA VEZ QUE VIVENCIAMOS SITUAÇÕES DE PERDA É COMO SE ESTIVÉSSEMOS REVIVENDO A SITUAÇÃO ORIGINAL DE ABANDONO, DO QUAL DIFICILMENTE SE ESQUECE. Podemos sim, reprimir, fugir desses sentimentos, mas raramente conseguimos lidar sem sofrimento diante de qualquer possibilidade de perda e/ou rejeição. Quando somos rejeitados em nosso jeito de olhar, expressar, falar, comer, sentir, existir, não obtendo reconhecimento de nosso valor, principalmente quando somos crianças, é inevitável que se registre como abandono, pois de alguma maneira, ainda que inconsciente, abandonamos a nós mesmos para nos tornarmos quem esperam que sejamos. Sente-se abandonado quem não se sentiu acima de tudo amado e isso pode ser sentido antes mesmo de nascer, ainda no útero materno. Pais que rejeitam seu filho durante a gestação pode deixar muitas sequelas, em nós, adultos. Toda criança fica aterrorizada diante da perspectiva do abandono. Para a criança, o abandono por parte dos pais é equivalente à morte, pois além de se sentir abandona, ela mesma aprende a se abandonar.
Trechos de um artigo escrito por Rosemeire Zago, psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática.
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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Razão e Paixão

Khalil Gibran
Vossa razão e vossa paixão são o  leme e as velas da vossa alma navegadora.
Se as vossas velas ou o vosso leme estiverem quebrados, podereis apenas ser sacudidos e sem rumo, ou até mesmo ficar presos em uma calmaria no mar interior.
Pois a razão, governando sozinha, é uma força que confina; e a paixão, sem cuidado, é uma chama que queima até destruir.
Portanto, deixai que a vossa alma exalte vossa razão até a altura da paixão, para que ela possa cantar;
E que a vossa paixão seja dirigida pela razão, para que vossa paixão possa viver a sua própria ressurreição diária, e como a fênix, ressurja de suas próprias cinzas.