quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Que diferença faz uma estação!!


Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um em uma viagem, para observar uma Pereira que estava plantada em um distante local.

O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão, e o quarto e mais jovem, no Outono.

Quando todos eles partiram, e retornaram, ele os reuniu, e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.

O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.

O segundo filho disse que não, que ela era recoberta de botões verdes, e cheia de promessas.

O terceiro filho discordou; disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais tinha visto.

O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas...

O homem então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore...

Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são, e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estão completas.

Se você desistir quando for Inverno, você perderá a promessa da Primavera, a beleza de seu Verão, a expectativa do Outono.

Autor desconhecido por mim
Fonte da imagem: http://fmoeducandoparaavida.blogspot.com.br/2013_09_01_archive.html
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Não podemos também julgar o próximo apenas baseado na opinião de outra pessoa. O olhar de cada um sobre alguém ou sobre alguma coisa é único. Cada opinião está sempre carregada da bondade ou da maldade que existe no coração daquele que opina, portanto é uma grande levianidade julgarmos alguém sem ouvir as duas partes. É como julgar uma árvore  em uma única estação. O ser humano não é só defeito como também não é só qualidade. Para quem olha,  ele é um pouco de qualidade e um pouco de defeito e um muito do que há dentro daquele que está olhando. As aparências enganam.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Tocando em frente

ALMIR SATER

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

domingo, 26 de janeiro de 2014

Antônio Abujamra declama Mário Quintana


Meu aniversário

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Clarice Lispector

Hoje acordei com o coração cheio de gratidão. Como é bom ter chegado até aqui!

Meu aniversário é sempre um dia muito especial para mim. Costumo dizer que o dia 26 de janeiro é o dia em que as grandes coisas acontecem e entre elas eu aconteci. Mas não foi só isso. A minha mãe biológica nasceu dia 26/01, morreu 26/01 (39 anos) e a minha outra mãe também se foi, praticamente nesta data, porque foi apenas uma diferença de 8 horas para não ser no mesmo dia.

Mas, enfim, hoje também é o dia em que termina meu luto. Como dizem é necessário um ano de luto, porque precisamos passar por todas as datas importantes sem o nosso ente querido que se foi, para poder acomodar nosso coração a nova realidade. Hoje vivo a última data importante do meu ano de luto. É o primeiro aniversário sem minha mãe.  Sempre, quando ela tinha saúde, ela me acordava com uma rosa. Hoje, foi a primeira coisa que lembrei. Mas mesmo sem uma rosa a vida segue e o ano novo para mim começa hoje. Um dia cheio de planos, cheio de sonhos. Espero que Deus me abençoe com saúde para que todos se realizem!

sábado, 25 de janeiro de 2014

Bullying


Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullyingentre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
......
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Trechos do artigo de
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Decisão de ser feliz

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco

Empenha-te ao máximo para tornar tua vida agradável a ti mesmo e aos outros.

É importante que, tudo quanto faças, apresente um significado positivo, motivador de novos estímulos para o prosseguimento da tua existência, que se deve caracterizar por experiências enriquecedoras.

Se as pessoas que te cercam não concordarem com a tua opção de ser feliz, não te descoroçoes, e, sem qualquer agressão, continua gerando bem-estar.

És a única pessoa com quem contarás para estar contigo, desde o berço até o túmulo, e, depois dele, como resultado dos teus atos...

Gerar simpatia, produzindo estímulos otimistas para ti mesmo, representa um crescimento emocional significativo, a maturidade psicológica em pleno desabrochar.

É relevante que o teu comportamento produza um intercâmbio agradável, caricioso, com as demais pessoas. No entanto, se não te comprazer, transformar-se-á em tormento, induzindo-te a atitudes perturbadoras, desonestas.

Tuas mudanças e atitudes afetam aqueles com os quais convives. É natural, portanto, que te plenificando brindem-te com mais recursos para a geração de alegrias em volta de ti.

Todos os grandes líderes da Humanidade lutaram até lograr sua meta - alcançar o que haviam elegido como felicidade, como fundamental para a contínua busca.

Buda renunciou a todo conforto principesco para atingir a iluminação.

Maomé sofreu perseguições e permaneceu indômito até lograr sua meta.

Gandhi foi preso inúmeras vezes, sem reagir, fiel aos planos da não-violência e da liberdade para o seu povo.

E Jesus preferiu a cruz infamante à mudança de comportamento fixado no amor.

Todos quanto anelam pela integração com a Consciência Cósmica geram simpatia e animosidade no mundo, estando sempre a braços com os sentimentos desencontrados dos outros, porém fiéis a si mesmos, com quem sempre contam, tanto quanto, naturalmente, com Deus.

Quando se elege uma existência enriquecida de paz e bem-estar, não se está eximindo ao sofrimento, às lutas, às dificuldades que aparecem. Pelo contrário, eles sempre surgem como desafios perturbadores, que a pessoa deve enfrentar, sem perder o rumo nem alterar o prazer que experimenta na preservação do comportamento elegido. Transforma, dessa maneira, os estímulos afligentes em contribuição positiva, não se lamentando, não sofrendo, não desistindo.

Quem, na luta, apenas vê sofrimento, possui conduta patológica, necessitando de tratamento adequado.

A vida é benção, e deve ser mantida saudável, alegre, promissora, mesmo quando sob a injunção libertadora de provas e expiações.

Tornando tua vida agradável, serão frutíferos e ensolarados todos os teus dias.

Elis Regina - No Céu da Vibração


O mapa não é o território que representa.


Korzybski 
(conhecido por desenvolver a teria da semântica geral) 

Mr. Korzybsky , famoso linguista polonês, teve que dar uma palestra para um grupo de estudantes sobre como “o mapa não é o território”, ou seja, sobre como o mundo não é como nós o percebemos, a realidade em que vivemos é a que criamos por causa da nossa interpretação.

Ele decidiu fazer uma demonstração muito prática e engraçada da força das palavras sobre nós.

Em certo momento Mr, Korzybsky interrompeu a palestra e pegou um grande pote de biscoitos que estava embrulhado em um papel branco. Ele se desculpou aos ouvintes dizendo que não tinha tido tempo de comer e ofereceu biscoitos aos participantes que estavam sentados na primeira fileira de bancos do auditório. A maioria deles aceitou. Depois foi oferecido aos demais e ao final quase todo auditório mastigava calmamente um ou dois cookies até que o Mr Korzybsky rasgou o invólucro branco que cobria o pote de biscoitos e assim podia se ver a caixa original… Podia-se ler nela que eram biscoitos de cachorro! Ao perceberem isso muitos assistentes saíram correndo do auditório cobrindo a boca com as mãos. Há poucos segundos de estarem felizes saboreando os biscoitos, o auditório mudou completamente seu entendimento ou interpretação da realidade.

Korzybsky disse: “Vejam vocês, Senhoras e Senhores, mostrei aqui que as pessoas comem muito bem as delícias, assim como comem muito bem as palavras. Mostrei ainda que o sabor das primeiras muitas vezes é superado pelo gosto das últimas.”

Com esta brincadeira Korzybsky mostrou que o sofrimento humano, muitas vezes surge devido às representações linguísticas da realidade.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Aos poucos eu percebi


Mário Quintana

Aos poucos eu percebi,
Que se apaixonar é inevitável, e que as melhores provas de amor são as mais simples.
Um dia percebemos que o comum não nos atrai, e que ser classificado como bonzinho não é bom. 
Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você.
Um dia saberemos a importância da frase: "Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa".
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, e que não damos valor a isso! 
Que homem de verdade não é aquele que tem mil mulheres, mas aquele que consegue fazer uma única mulher feliz! 
Enfim... um dia descobrimos que apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem de ser dito. 
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras!

Fonte da imagem: http://www.cacef.info/news/a%20percep%C3%A7%C3%A3o%20do%20amor/

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Fazendo escolhas certas na vida


Tudo na vida depende de escolhas que fazemos. Até mesmo pequenas escolhas podem influenciar toda uma vida. Você escolhe aceitar ou não, ser responsável ou não, revidar ou não, comprometer-se ou não, mudar ou não, resistir ou não. Se fizermos escolhas certas, certamente conquistaremos nossos objetivos.Mas como se sabe qual é a escolha certa, principalmente em momentos críticos, tenebrosos onde tudo parece tão obscuro?

O maior dom do ser humano é a liberdade para fazer escolhas. Ele é o produto de suas escolhas. Viver é uma sequência de escolhas certas ou erradas com consequências positivas ou negativas para o envolvido e os demais. Não há dúvida de que as escolhas são o principal fator determinante da vida.Por que é tão difícil escolher? Fazer escolhas é ponderar entre o conhecido e desconhecido, analisar os poucos benefícios do certo e os enormes do duvidoso ou refletir sobre os riscos e oportunidades. Tudo isso mesclado, pensado e repensado, colocado na balança junto com o medo, a coragem e as incertezas, para se chegar finalmente à escolha que se espera ser a melhor.
 
As dificuldades para optar pelo caminho certo são muitas. Fazer regime ou assumir o próprio corpo? Viver para trabalhar ou trabalhar para viver? Economizar para o futuro ou desfrutar melhor o presente? Ter um filho aos 25 ou aos 35 anos? Trocar o carro usado por um novo, ou viajar? Trabalhar numa empresa de grande porte ou ter o próprio negócio? Muitas pessoas não se dão conta que a escolha e a renúncia são como as duas faces da mesma moeda. Ao pensarmos nas vantagens de optar por uma alternativa, também teremos que ter consciência das desvantagens de renunciar à outra. Como fazer a melhor escolha? Às vezes não é muito difícil, pois basta optar entre uma alternativa cheia de obstáculos e outra muito mais agradável. 

Em outras ocasiões aparece o dilema de escolher a opção menos ruim...

Ao fazer escolhas as pessoas não podem esquecer a importância de se manter em sintonia com seus valores e crenças, para não se arrependerem mais tarde, entrando em conflito consigo mesmas.

No processo de escolhas, existem três tipos de pessoas.

As “pessoas do ontem” que escolhem se lamentar sobre o que passou, tentando modificar o que não pode ser mudado, como se fosse possível viajar na máquina do tempo e não aproveitando as coisas boas do presente.

As “pessoas do amanhã” que são exclusivamente voltadas para o futuro sem viver o presente, com escolhas ilusórias, decisões instáveis, se preocupando com problemas que nunca acontecerão e sempre sonhando com os olhos fechados.

As “pessoas do hoje” que são centradas na realidade e desfrutam verdadeiramente cada momento, pesando suas escolhas com sabedoria, um olho no passado para não repetir os mesmos erros e outro no futuro provável procurando escolher certo no presente.

O ser humano deve escolher sendo honesto consigo mesmo, pois ele será escravo de suas escolhas, muitas delas irreversíveis, com sequelas terríveis em caso de mudança. Nem sempre ele irá conseguir o que deseja, mas certamente terá obtido o que escolheu.

Existem duas coisas das quais as pessoas não conseguem escapar: a morte e fazer escolhas. Portanto, cada um deve acordar pela manhã e ir à luta selecionando o melhor caminho para realizar seus sonhos de olhos acordados e conquistar seus desafios.
(Baseado em texto de Laércio Garrido)
Fonte: http://comecardenovopt.blogspot.com.br/2011/12/fazendo-escolhas-certas-na-vida.html

domingo, 19 de janeiro de 2014

Conselhos humanos de Caio Fernando Abreu


"Vai devagar… Pensa duas, três, quatro, quantas vezes forem necessárias pra não fazer bobagem.
Cuida do teu coração, cuidado com quem você deixa entrar.
Espera o tempo passar. Acredita menos…
As pessoas não são tão legais quanto aparentam ser.
Quem acredita menos, sofre na mesma proporção.
Até quando você achar que é verdade, desconfie um pouquinho.
Faz bem não se entregar totalmente logo de cara. 
Se arrisca mais, por você.
Tenha coragem para dizer tudo que tens aí guardado.
Seja forte para conseguir se manter calado perante alguns.
Muda de rumo.
Quando te mandarem ir por lá, vai pelo outro caminho. 
Ou vai apenas, pelo caminho do teu coração.
Se você não aguentar mais fingir… chore. 
Depois que você acabar de chorar, vai sentir-se mais leve.
E então vai levantar a cabeça, lavar o rosto, pôr uma roupa bonita no corpo, um sorriso lindo no rosto e dizer que chega que você vai é ser feliz.
Eu sei, é assim mesmo.
E vai funcionar!
Não diga “nunca”, nunca.
Irônico, não? Mas não diga.
Porque essa vida é incrivelmente engraçada.
Mais uma coisa.
Você não pode ter medo que as pessoas te machuquem, viu. 
Porque as pessoas vão te machucar de vez em quando, até mesmo aqueles que você mais confia e admira.
Não vão fazer por mal, mas somente porque são humanos.
Cometemos erros ridículos com pessoas maravilhosas.
Faz parte. 
Não esquece que cada um é cada um. Somos diferentes.
Graças a Deus, somos.
Vive um dia por vez, sem pressa e sem querer ser mais rápido que o tempo.
E por favor, vai ser feliz, que tu ainda tem muito por viver."

sábado, 18 de janeiro de 2014

Verdadeira Reforma

RYOKAN devotou sua vida ao estudo do Zen. Um dia soube que seu sobrinho, apesar dos conselhos dos parentes, estava gastando dinheiro com uma cortesã. Pelo fato de haver tomado o lugar de Ryokan na administração dos bens familiares e de a propriedade estar correndo o risco de ser perdida, os parentes pediram a Ryokan para fazer alguma coisa a respeito.

Ryokan teve de viajar um longo percurso para visitar seu sobrinho, que não via há muitos anos. O sobrinho pareceu feliz de encontrar seu tio novamente e o convidou para passar a noite.

Durante toda a noite Ryokan sentou-se em meditação. De manhã, quando estava para partir, disse ao jovem: "Devo estar ficando velho, minha mão treme muito. Você pode me ajudar a amarrar o cadarço da minha sandália de palha?"

O sobrinho o ajudou de bom grado. "Obrigado", concluiu Ryokan, "sabe, um homem se torna mais velho e mais fraco a cada dia. Cuide bem de você mesmo." Então Ryokan partiu, nunca mencionando uma única palavra sobre a cortesã ou as reclamações dos parentes. Mas, daquela manhã em diante, as dissipações do sobrinho terminaram. 
Extraído do Livro "Histórias Zen", de Paul Repps
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Cada um de nós tem um jeito próprio de resolver seus problemas. Essa pretensão nossa de querer resolver os problemas dos outros à nossa maneira é um sinal claro do quanto trazemos de orgulho e prepotência em nós. Pensamos que possuímos os outros e somos capazes e dirigir a vida de cada um que está ao nosso redor. Pensamos que o nosso olhar sobre problemas do outro ou sobre o outro de uma forma geral é o único verdadeiro. Ninguém conhece melhor um problema do que aquele que está passando por ele. Podemos até  sinalizá-lo sutilmente, mas jamais podemos querer que as  coisas sejam resolvidas do nosso jeito. Cada um tem o seu ritmo, o seu jeitinho de resolver suas questões no seu próprio tempo e quando não consegue vai no tempo de Deus, mas nunca no tempo do outro. Essa invasão na vida alheia pode causar muitos prejuízos para o nosso próximo e comprometimento nosso perante a Lei de Deus. Quando acreditamos realmente em Deus e vivemos em paz conseguimos observar como  até as pequenas coisas acontecem no Universo, porque o ele é todo harmonia  e tudo nele acontece no ritmo de Deus. Tudo acaba bem. Só não acaba bem quando interferimos nos processos de aprendizado nossos e dos outros, porque aí queremos brincar de Deus e aplicar Suas Leis aos outros e a nós mesmos de acordo com a nossa interpretação. 

A Ligação do Perispírito em Laboratório


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O Caderno de Maya - Livro de Isabel Allende

O novo romance de Isabel Allende, O Caderno de Maya, diferentemente de seus tradicionais romances, é passado nos dias atuais. Um livro impressionante como todos os outros livros dela. Mas o que chamou mais a minha atenção, por isso estou fazendo essa postagem aqui no blog, foi um costume dos nativos da Ilha de Chiloé, no Chile, onde parte da história acontece. Ela conta, no livro, que os nativos da ilha costumam sempre retribuir o que recebem. Mas o interessante é que a maioria das vezes eles retribuem o que receberam, seja um bem material seja um favor qualquer grande ou pequeno, para qualquer outra pessoa da ilha ou até para outras pessoas que não são da ilha. O fato é que para eles é uma questão de honra retribuir o que recebem das coisas mais insignificantes a coisas mais importantes. Quem não retribui fica mal visto por todos.

Que bom costume! Se cada um de nós aderisse a tal prática...


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sempre um novo dia


Paulo Coelho
Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. 
Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro.
Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.
Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Iluminuras Medievais


Renovação


Não bastará desculpar os que nos ofendem, simplesmente com os lábios. É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.
Não bastará, porém, que o consentimento se associe ao trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.
Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente os que nos feriram...
Através da prece que ajuda em silêncio...
Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia...
Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante...
Através da compreensão.
Por intermédio da boa vontade.
Pela demonstração de entendimento e confiança.
O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.
A discórdia é espinheiro.
A desarmonia é perturbação.
O ódio é veneno.
A antipatia é delituosa displicência.
Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. 
É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Correio Fraterno, Médium: Francisco Cândido Xavier
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Hoje recebi essa mensagem acima, do Centro Espírita Caminho de Luz, e fiquei pensando como a Doutrina Espírita orienta bem nossas posturas diante de cada situação que enfrentamos. Em um primeiro olhar parece uma prática difícil essa do perdão e não deixa de ser muito difícil mesmo. Mas quando conectamos com a assistência divina constatamos que não é tão difícil assim, porque estamos sempre sendo intuídos a dar o próximo passo. Basta seguirmos com boa vontade.

A dificuldade é que seguimos pela vida afora como como um motorista dirigindo no trânsito de Fortaleza. Nós temos que dirigir por nós e pelos outros. Saímos com nosso carrinho modelo 1960 respeitando todos os sinais, mas e os outros? Avançam os sinais, deixam de ligar a sinaleira, trancam o nosso caminho e muitos ainda fazem tudo para tirar a gente da estrada. Como fazer para dirigir a nossa vida e a dos outros se mal conseguimos dirigir a nossa? Como fazer para nos defendermos no meio desse pandemônio sem infringir nenhum sinal?

A verdade é que até cada um fazer a sua parte vamos ter muita dificuldade de fazermos a nossa parte também, porque estamos todos ligados por fios invisíveis nessa caminhada. Mesmo assim vamos tentando, mesmo que as tentativas sejam solitárias e caminhemos a vida toda em horário do "rush". O mais importante é que sabemos que no final vamos encontrar uma linha de chegada e que novamente é de partida e precisamos tornar essas voltas mais amenas para nós e para os que nos rodeiam.

Bom domingo!
Áurea Ribeiro

sábado, 11 de janeiro de 2014

CHOPIN - Nocturne


Algumas de Caio Fernando Abreu

“Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa.”
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"Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro."
*****
“Supere isso, e se não puder superar, supere o vício de falar a respeito.”
*****
''Mas como menina teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos.''
*****
“Eita que menina doida! Fala sozinha, e ama também..”

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

As pessoas são como cogumelos


Trecho do livro A filha da Herege de Kathleen Kent
“Eu saíra muitas vezes com minha mãe para apanhar cogumelos: caçar morchella em maio, nos pomares de maçã silvestre, colher cogumelos gigantes que cresciam em pilhas nos troncos de olmos e freixos, nos meses quentes de verão, e catar bufas-de-lobo nas margens do rio Skug. Mas colher cogumelos era uma tarefa ardilosa. Era preciso saber a diferença entre os saudáveis e os nocivos. Algumas dessas diferenças eram bem pequenas. Um descuido de nada e a morte podia chegar, escondida sob uma coroa leitosa ou uma brânquia arroxeada.
- Sabe o que é isto? – perguntou minha mãe, tirando o chapéu para deixar o cabelo preto solto ao vento.
- Um cogumelo do campo – respondi, tentando parecer o mais desinteressada possível.
- Tem certeza? – insistiu, ao que assenti com a cabeça e tornei a cruzar os braços.
Soltei um suspiro curto e impaciente. Os cogumelos do campo podiam ser comidos assim que tirados do chão. Tinham um forte sabor almiscarado e a carne densa. Podia-se cozinhar mais ou menos uma dúzia deles num caldo de gordura defumada, para fazer concentrado de sopa, e a carne que não tivesse no guisado não faria falta. O chapéu branco tinha uns oito centímetros de diâmetro era seco e liso, e o cogumelo tinha um talo curto.
- Tenho. É um cogumelo do campo.
- Então, coma- disse a mãe, fazendo um gesto para que eu o pegasse.
Minha boca encheu-se de água quando me agachei para colhê-lo da raiz curta. Que grande compensação, pensei comigo mesma, desdenhosa, enquanto abria a boca para receber a oferenda. Um aperto férreo segurou meu pulso, como um par de garras, e deteve a minha mão a poucos centímetros da língua. O rosto de minha mãe ficou perto do meu, e vi pela primeira vez que seus olhos castanhos claros tinham parcelas iguais de azul e âmbar para colori-los.
- Sarah, olhe embaixo do chapéu – disse ela, forçando meu pulso a se virar e expondo a parte inferior do cogumelo. As lamelas eram brancas, e ele tinha um anel branco em forma de saia no talo, logo abaixo do chapéu.  – Ele se chama anjo da morte. Se você o comesse, com certeza morreria. Não hoje, talvez não amanhã. Mas, depois de quatro dias expelindo cada  gota de água do estômago e do traseiro, você daria boas-vindas  à morte.
Ela me soltou, e larguei o cogumelo que tinha na mão, tal como largaria uma tocha de junco embebido em óleo. Limpei as duas mãos no avental.
- Os sinais são variados e sutis. Você  precisa examinar com cuidado, não só o tempo da coisa, mas a parte inferior, onde é comum o veneno se esconder. O cogumelo do campo, quando novo, tem lamelas cor-de-rosa, que ficam marrons na maturidade. Se não soubesse a verdade, você assemelharia a parte inferior escura à impureza e a parte clara a bondade. O morchella pode ser escuro, mas é sempre esburacado, e o falso morchella  é escuro, mas liso. Na natureza, o que é marcado e esburacado pode significar sustento e vida, ao passo que a pele lisa e bonita pode significar destruição e morte. As pessoas nem sempre são o que parecem, nem mesmo as que você ama, você tem que examinar de perto, Sarah.”

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Tomara!


Caio Fernando de Abreu

Tomara que a gente não desista de ser quem é, por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho, a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.

Imagem de http://debysouza519.wordpress.com/ - Arnalda Rabelo

Buscando autoconhecimento


Allan Kardec, Codificador do Espiritismo, perguntou aos Espíritos:
Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
Os Benfeitores da Humanidade responderam: Um sábio da antiguidade vô-lo disse: conhece-te a ti mesmo.
A Doutrina Espírita nos mostra o caminho que devemos percorrer para conseguirmos esse intento: o autoconhecimento.
A caminhada, portanto, é em sentido contrário ao que temos buscado até agora. É para dentro de nós mesmos, e não no exterior.
Alguns de nós não nos conhecemos, não fazemos ideia de quem somos, de qual será o nosso comportamento diante de determinada situação. Enfim, somos um ilustre desconhecido de nós mesmos.
Pelo desconhecimento dos nossos sentimentos, às vezes tomamos atitudes equivocadas, que nos causam desagrado, tão logo nos damos conta do ocorrido.
Uma senhora afirmava sempre que, se um dia fosse assaltada, ficaria imobilizada, petrificada. Certamente não teria forças para qualquer atitude.
A sua amiga, por sua vez, dizia que reagiria, que se fosse preciso lutaria, não deixaria barato não.
Um dia, ambas estavam conversando na calçada. Um garoto passou e levou a bolsa daquela que disse que reagiria. Ela ficou paralisada.
A outra, que afirmara que ficaria imobilizada, saiu correndo atrás do menino, dando-lhe com a sua bolsa nas costas e gritando para que devolvesse a bolsa da amiga.
O menino, que não esperava tal reação, jogou a bolsa no chão e se foi, pois achou melhor salvar a própria vida.
Isso prova que ambas desconheciam suas tendências pois, diante do inesperado, tiveram reações contrárias às que afirmavam que teriam.
Muitos de nós também nos desconhecemos, não costumamos fazer uma análise profunda da nossa intimidade.
Assim, facilmente nos surpreendemos conosco mesmos diante de situações inusitadas.
Para sabermos quanto de orgulho e egoísmo, piores chagas da sociedade, ainda carregamos em nós, basta que nos observemos com sinceridade, nos pequenos atos do quotidiano, que perceberemos com clareza.
Observemos a nossa reação diante da indiferença de um amigo, ou quando verificamos o pouco caso que fazem de um trabalho que executamos, do penteado ou da roupa que vestimos, ou quando alguém nos chama à atenção.
Cada pessoa é um universo que precisa ser descoberto para que possa fazer brilhar a luz que jaz latente em seu íntimo.
Todos somos lucigênitos, filhos da Luz, pois o Criador que é a Luz Suprema, assim nos fez a todos.
Se perscrutarmos com atenção nossa intimidade, perceberemos que já temos muitas conquistas mas que ainda nos falta dar alguns passos para que brilhe de fato a nossa luz. É só uma questão de tempo e de disposição.
Santo Agostinho, um dos pais da Igreja, colaborou na codificação da Doutrina Espírita.
A resposta a que nos referimos, no início, foi dada por ele. Recomenda que cada um de nós faça como ele fizera quando viveu na Terra. A cada noite ele fazia uma análise de como fora o seu dia. Se questionava se fizera alguma coisa contra Deus, contra seu próximo ou contra ele próprio. E sempre buscava corrigir o que precisava ser corrigido, buscando ser, a cada dia, melhor que no dia anterior.
É uma caminhada longa a do autodescobrimento, no entanto, necessária ao nosso aperfeiçoamento.
Redação do Momento Espírita./Em 23.03.2010

Imagem do site: http://muraldecristal.blogspot.com.br/2011/12/um-novo-modo-de-autoconhecimento.html

domingo, 5 de janeiro de 2014

5 passos para mudar sua vida * Quem você quer ser e como chegar lá


Parece ser apenas um vídeo de autoajuda, mas não o vejo assim. Esses passos que ele traz se analisados com calma e depois vivenciados podem trazer resultados muitos positivos para nosso crescimento interior, porque eles mostram um caminho para aprendermos a ser mais autênticos, eles nos mostram uma forma e de irmos nos libertando de posturas criadas por nós, que não são boas nem para nós nem para aqueles que se relacionam conosco. Sermos nós mesmos em qualquer lugar ou em qualquer situação pode ser um primeiro passo para construirmos um caminho mais seguro e verdadeiro para nossas maiores conquistas, para nos aproximarmos do bem.

Esses personagens criados  para agradar aos outros não se sustentam por muito tempo nem para as pessoas e nem para nós mesmos. Fazem com que caminhemos em círculos e nos afastam de uma proposta maior de vivência evangélica. A astúcia, a dissimulação, a falta de comprometimento integral com as propostas de mudança interior só podem trazer prejuízos irreparáveis para o nosso crescimento e, muitas vezes, até prejuízos para os outros, o que pode nos comprometer mais ainda com as leis divinas.

Sejamos sempre nós mesmos. Se somos fracos ou fortes, com muito ou poucos defeitos, com sentimentos bons ou ruins, com uma capacidade de amar pequena ou grande,  não importa. O que importa é que sejamos nós mesmos, porque só a partir daí podemos conseguir grandes mudanças. Mudar uma máscara é trocar um personagem por outro, mas mudar crenças negativas é avançar um pouco nessa caminhada para Deus. 

Vamos em frente...

Áurea

sábado, 4 de janeiro de 2014

Os Viajantes e o Urso


Esopo

Um dia dois viajantes dera de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia consguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingui-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
_O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
_Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.
.....
A moral da história fica a critério do leitor do blog.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A Hora da Estrela


O LIVRO:

A história da nordestina Macabéa é contada passo a passo por seu autor, o escritor Rodrigo S.M. (um alter-ego de Clarice Lispector), de um modo que os leitores acompanhem o seu processo de criação. À medida que mostra esta alagoana, órfã de pai e mãe, criada por uma tia, desprovida de qualquer encanto, incapaz de comunicar-se com os outros, ele conhece um pouco mais sua própria identidade. A descrição do dia-a-dia de Macabéa na cidade do Rio de Janeiro como datilógrafa, o namoro com Olímpico de Jesus, seu relacionamento com o patrão e com a colega Glória e o encontro final com a cartomante estão sempre acompanhados por convites constantes ao leitor para ver com o autor de que matéria é feita a vida de um ser humano.

O FILME:
Título Original: A Hora da Estrela
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento: 1986
Direção: Suzana Amaral

A alma de Macabéa só alcançamos no livro.

Esperança

A Esperança (1986), quadro de George Frederic Watts

Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas 
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada, 
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo: — Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? 
E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: — O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
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A esperança já caiu novamente feito criança.
Que como criança também fique nosso coração: leve, alegre e livre para caminhar sobre essa estrada que se abre nesse dia.
Que possamos encontrar nesse caminho muitas surpresas boas, muitas amizades verdadeiras, muita paz, muita saúde e muito amor.