Oca do Buscador
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Como enfrentar o ódio
"COMO FAZER AMOR"
terça-feira, 30 de abril de 2024
O Sagitário que tinha medo de Amar
Faxina
“Estava precisando fazer uma faxina em mim...
Jogar fora alguns pensamentos indesejados,
tirar o pó de uns sonhos,
lavar alguns desejos que estavam enferrujando...
Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora ilusões, papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei...
Joguei fora a raiva e o rancor nas flores murchas guardadas num livro que não li.
Peguei meus sorrisos futuros e alegrias pretendidas e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas.
Fiquei sem paciência!
Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de uma amiga sem gratidão, lembranças de um dia triste...
Mas lá havia outras coisas... belas!!!
Uma lua cor de prata... os abraços... aquela gargalhada no cinema, o primeiro beijo... o pôr do sol... uma noite de amor.
Encantada e me distraindo, fiquei olhando aquelas lembranças.
Sentei no chão, joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima - pois quase não as uso - e também joguei fora!
Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que fazer, se as esqueço ou se vão pro lixo.
Revirei aquela gaveta onde se guarda tudo de importante: amor, alegria, sorrisos, fé…
Como foi bom!!!
Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, perfumei na esperança, passei um paninho nas minhas metas e deixei-as à mostra.
Coloquei nas gavetas de baixo lembranças da infância; em cima, as de minha juventude, e... pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar...”
________Martha Medeiros
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
“Se não estivesse fora de moda...
Eu iria falar de Sinceridade.
Sabe, aquele pensamento antigo
de fidelidade, respeito mútuo...
e outras coisas mais.
A admiração pelas virtudes, aceitação dos defeitos...
E sobretudo, o respeito pela individualidade.
Se não estivesse tão fora de moda...
Eu iria falar em Amizade.
O apoio, o interesse, a solidariedade de uns
pelas coisas dos outros e vice-versa.
A união além dos sentimentos
e a dedicação de compreender para depois gostar.
Sabes uma coisa...
Sinto-me feliz por estar tão fora de moda.
Mia Couto
Fonte da imagem: https://i.pinimg.com/originals/0c/d2/4d/0cd24db123de55b8d45dae95d542091d.png
segunda-feira, 18 de dezembro de 2023
História de Muitas Histórias
Em 1971, após a morte de sua mãe, a insônia, o mal-estar e a taquicardia levaram Wanda A. Canutti a um centro espírita. Tomou um passe e dormiu a noite toda. A partir daí, começou a estudar a doutrina, desenvolveu a mediunidade psicofônica e trabalhou naquela casa por 20 anos. Certo dia, na reunião mediúnica, fez-se presente um espírito pedindo que, na próxima reunião, ela levasse papel e lápis, porque ele iria escrever através dela. Durante um ano ele escreveu sem se identificar. Falava que havia sido pai dela em várias encarnações e que foi escritor. E que, no momento certo, ela saberia de quem se tratava. A História de muitas histórias que você lerá neste livro narra os 13 anos de parceria entre a professora Wanda e o espírito do escritor Eça de Queirós, convivência em que ambos, ligados por laços de afetividade, produziram uma série de romances, a nova obra que o autor tanto quisera escrever – agora, para os simples de coração.
domingo, 23 de abril de 2023
O segredo da felicidade é aprender a se amar para sermos felizes sozinhos.
SOBRE A SOLIDÃO
Muitas pessoas têm sérias dúvidas quanto a isso:
Como lidar com o sentimento da solidão?
A resposta é simples… Gostando de sua própria companhia…
Quem não gosta da própria companhia, vai ficar sempre sentindo falta do outro, esperando o outro e carente pelo outro.
Aquele que se ama, não sente solidão… mas aquele que não se ama, necessita sempre do amor do outro para se sentir bem.
A solidão não vem da ausência do outro; vem de uma ausência de nós mesmos.
Como dizia Sêneca: “A solidão não é a falta do outro… é a falta de si mesmo”.
Na maioria das vezes é a própria pessoa que se isola… e fica só.
Criamos um muro, uma fortaleza de proteção que nos impede o contato com a vida.
Essa muralha emocional nos torna frios e vazios… e nossa solidão só aumenta.
Por outro lado, não existe estar só… existe apenas o sentir-se só.
Como diz o ditado: Uma pessoa pode chorar de solidão envolta por uma multidão…
E outra pode louvar a gratuidade de sua própria companhia no alto inóspito de uma montanha.
Não duvide disso: pior do que estar só… é conviver com pessoas que nos fazem sentir a solidão.
É preferível estar sozinho do que relacionando-se com uma pessoa que nos traz solidão.
É certo que homens e mulheres têm necessidade de momentos de solidão.
A ausência de contato humano nos ajuda no mergulho interior e na revisão de nossa vida.
Precisamos de momentos de exílio, afastados de tudo e todos, a fim de recarregar nossas energias e limpar nossos pensamentos.
“Graças a Deus minha família não me deixa experimentar a solidão”, dizem alguns.
Mas e se um dia sua família não estiver mais ao seu lado? Você conseguirá encontrar refúgio em ti mesmo?
Como disse Buda: “Faça de ti o teu próprio suporte. Não confieis em nenhum suporte externo a vós”.
O egoísmo também exacerba nossa solidão…
Passamos a vida perseguindo apenas nossos interesses, vantagens e benefícios.
Vivemos regidos pelo mantra do “eu, eu e eu”.
Olhamos apenas para nós e nossa própria necessidade, como se isso bastasse para viver bem.
Esse egocentrismo aumenta a distância entre nós e as pessoas… entre nós e o mundo, entre nós e o amor…
Tudo isso gera um abismo de solidão e de infelicidade.
O ego está sempre isolado de tudo… já o espírito está sempre buscando harmonizar-se com tudo.
O ego vive numa repetição infindável de seus próprios anseios que geram carências.
A competição é sempre solitária… mas a cooperação é sempre coletiva, comunitária e inclusiva.
Muitos não desconfiam… mas aquele que vive apenas para si mesmo, é sempre sozinho;
Por outro lado, aquele que vive pelo coletivo… nunca está sozinho.
Entenda isso: aquele que deseja fazer o bem não pode se importar com a solidão.
O mundo não será acolhedor a essas pessoas.
O mundo ama aqueles que se acomodam ao sistema e não aqueles que o questionam.
O sábio é naturalmente sozinho, mas ele não se importa com isso…
Ele não busca aprovação nem compreensão. Por isso ele se torna sábio…
O estar consigo mesmo… o silêncio, o isolamento, tudo isso pode nos tornar livres de tudo.
Aquele que precisa do outro para estar bem, esse estará sempre perdido no cárcere da solidão.
Aquele que não precisa do outro para estar bem rompe as grades da solidão e se liberta.
Aquele que vive julgando os outros, sendo intolerante e se supondo superior, esse sobe num pedestal que ele mesmo criou.
Do alto de sua arrogância, ele está sempre afastado de tudo, longe da realidade e, claro… amargando a solidão.
O segredo da felicidade é aprender a se amar para sermos felizes sozinhos.
A solidão não é um isolamento das pessoas.
Ela é, isso sim, uma condição interior, uma falta, um estado de ausência de nós mesmos…
E, claro… uma falta da essência da vida em nós.
(Hugo Lapa)
segunda-feira, 7 de novembro de 2022
Lindo texto!
Valéria Vaz
Tem pessoas que vão caminhar conosco, segurar a nossa mão até determinado ponto e depois vão soltar, porque já não fazem mais parte do caminho que temos diante de nós. Há pessoas que são para ser só por um tempo. Fazem parte de uma fase da vida, são um ciclo afetivo, uma experiência de amadurecimento. Porque algumas pessoas são para ser apenas isso.
E só!
A grande magia dos encontros está em jamais saber antecipadamente qual função determinada pessoa vai cumprir em nossas vidas. Quem será a viagem e quem será o destino. Essa é a grande aventura das relações.
O importante é saber que toda pessoa que chega é a necessária. Para o momento que vivemos, para a versão que apresentamos, para aquilo que precisamos amadurecer em nós.
Toda pessoa é a certa. A que vai e a que fica.
Encontrar uma pessoa não significa que precisamos nos manter ali, principalmente se ela nos traz dor. O propósito de toda relação é nos fazer aprender e não sofrer. Não podemos romantizar relações dolorosas como se fossem o nosso destino. Muitas vezes tudo que precisamos aprender ali é sobre não aceitar pouco.
Relações nos estimulam, mas não ensinam quem não está disposto a aprender. O aprendizado vem do esforço interno de extrair o melhor que se pode das experiências e dos encontros que temos. Não é mais maduro aquele que teve mais relações, mas sim aquele que soube colher algo de bom de cada uma delas.
As pessoas nos trazem situações, quem aprende com elas somos nós. O amadurecimento é conquista interna.
Mas é preciso compreender que algumas pessoas jamais serão para ficar, e tudo que poderemos tirar delas são lições. Porque algumas fizeram sentido em um determinado momento, para uma respectiva versão nossa. Porém nem sempre vão se encaixar no futuro de nossas vidas.
Que a gente sempre saiba deixar ir o que nos traz dor, o que não tem mais sintonia, quem não demonstra afeto, quem já cumpriu seu propósito. Que a gente saiba respeitar os fins e entender que eles são os começos para novas, melhores e mais maduras experiências.
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
NA ESQUINA DO TEMPO
Onde foi que marcamos
esse encontro?
Você, ele, eu
nós todos
que nos encontramos
nessa esquina do tempo.
E nos reconhecemos
pelos sinais da vida
e nos identificamos
pelos mesmos feitos
pelos mesmos erros
pelos mesmos sonhos.
Todos trazemos marcas
de tempo e caminhada,
um certo cansaço,
e um sopro de esperança
nessa madrugada.
Adiante raia o novo dia...
Apressemos o passo
não há mais cansaço,
é só querer viver,
é só querer vencer,
mãos entrelaçadas
e olhos voltados
para o amanhecer.
terça-feira, 26 de julho de 2022
quarta-feira, 20 de julho de 2022
A viagem é curta.
"A viagem é curta. Não se distraia. Não perca tempo.
Não carregue bagagens desnecessárias.
Aprenda a viver com pouco. A ser autossuficiente.
Seja uma boa companhia pra você. Só então, escolha alguém pra viajar contigo.
Tenha um destino, mas permita-se se perder de vez em quando. Mude de rota sempre que se sentir desconfortável.
Não tenha medo dos imprevistos. Confie em seus instintos. Aprecie as surpresas do caminho. Sinta novos aromas e sabores. Ouça novas músicas. Dance.
Acorde cedo pra ver o sol nascer. Silencie durante o por do sol. Estes são os momentos em que a natureza medita. Há muita energia positiva circulante. Transmute.
Mantenha o olhar curioso de uma criança. Acredite que, a cada esquina, o mundo pode te surpreender. Observe. Escute mais do que fale.
Converse com estranhos. Com todos que puder. Não tem problema se não dominar o idioma. Deixe o coração falar. Olhe bem nos olhos deles. Veja a diversidade mas, principalmente, a humanidade. Permita que eles te vejam. Sorria.
Aproveite também a viagem pra olhar pra dentro; pra se conhecer. Abra espaços pro descanso. Crie locais de afrouxamento para os teus apertos. Deixe fluir as emoções. Inspira. Respira. Solta. Deixa ir.
Lembre-se sempre: você está aqui só de passagem. Portanto, capriche nos instantes. Eles, sim, podem ser eternos."
Autoria: Rita Bragatto
#ebomserdobem
domingo, 5 de junho de 2022
Poema do amigo aprendiz.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias…
terça-feira, 12 de abril de 2022
Que você se cure
Que você se cure das desculpas que nunca vieram, do perdão que nunca chegou.
Que você se cure do silêncio que deixaram quando tudo que você queria era uma explicação.
Que você se cure da falta de respeito e entenda que nem sempre o outro vai ter a mesma consideração e isso não diminui o que você é.
Que você se cure das promessas que nunca se cumpriram, das palavras que não se tornaram atitudes.
Que você se cure do adeus sem despedida, do vazio que fica quando alguém que amamos decide ir e não nos levar juntos.
Que você aceite que quem te feriu não vai te curar, porque muitas vezes, essa pessoa nem tem dimensão da ferida que ficou aberta no seu peito.
Que você se cure de quem te magoou.
Que você se cure de todas as vezes que se doou e doeu na mesma proporção.
Que você se cure, pois nada nessa vida te faz mais forte do que superar o que um dia te magoou.
Ser feliz
miudinho, não se importando
demais com coisa nenhuma.
Felicidade se acha é só
em horinhas de descuido."
sábado, 2 de abril de 2022
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Mutações da literatura no século XXI
Titulo original: Mutações da literatura no século XXI
Autora: Leyla Perrone-Moisés
Páginas: 296
Lançamento: 17/08/2016
ISBN: 9788535927733
Selo: Companhia das Letras
LEYLA PERRONE-MOISÉS nasceu em São Paulo, em 1936. É doutora em Língua e Literatura Francesa e professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Coordenou o Núcleo de Pesquisa Brasil-França, do Instituto de Estudos Avançados da USP, de 1988 a 2010. Em 2013, ganhou o prêmio da Fundação Bunge por vida e obra. Pela Companhia das Letras, é autora de As flores da escrivaninha, Inútil poesia, Mutações da literatura no século XXI, entre outros.