sábado, 11 de maio de 2013

Espera


“Tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre."  (1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 13º, versículo 7.)

 Não obstante estejam carrancudas as nuvens  do teu céu, prenunciando borrasca próxima  aflitiva, espera.
          Após a tempestade que, talvez advenha,  talvez não, defrontarás dia claro  pelo caminho.
          Embora a soledade amarga  a fazer-te sofrer fel e dor como  se já não suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera.
          Amanhã, possivelmente dois braços amigos  estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará  aos teus ouvidos gentil canção…
          Mesmo que tudo conspire contra  os propósitos abraçados, ameaçando planos  zelosamente cuidados, espera.
           Há surpresas que constituem  interferência Divina,  modificando paisagens humanas,  alterando rumos considerados  corretos.
           Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche  e desconsideração, arrojando-te  à rua do descrédito, espera.
           A verdade chega após a calamidade da intrujice para demonstrar  a grandeza da sua força, renovando  conceituações.
           À borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento,  estuga o passo e espera.
           Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor.
           O futuro se consolida mediante  e as realizações do presente.
           Esperança expressa integração  no organograma da vida.
           O rio muda o curso,  a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão germina, enquanto esperam…
           A mão grandiloquente do tempo tudo muda.
           O que agora parece sombras,  logo mais surge e ressurge em ouro fulvo de luz.
           Espera, diz o Evangelho, e ama.
           Espera, responde a vida, e serve.
           Espera, proclamam os justos, e perdoa.
           Espera no dever distribuindo consolo  e compreensão, porquanto, a fim de  que houvesse a gloriosa ascensão do Senhor,  na montanha da Betânia, aconteceram a traição  infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta,  que em sublime esperança o Justo transformou  na excelsa catapulta para o Reino dos Céus.
Joanna de Ângelis/Divaldo P Franco -  Convites da Vida
Imagem retirada: http://www.gospeljovens.com.br/ref.php?cod_ref=239&reflexao=Fam%EDlia

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