sábado, 6 de setembro de 2014

A inveja e o desejo de ser especial

 
Regis Mesquita
O menino olhava pela janela os outros meninos jogando futebol na rua. Ele estava com inveja deles. O que o incomodava é que eles não o chamavam para brincar.

Seu anjo da guarda resolveu conversar com ele, sobre esta situação.

- Meu filho, por que você está com tanta inveja. Você quer brincar com eles? Eu resolvo este problema para você.

O menino olhou para ele e disse: - não quero brincar com eles. Não gosto das coisas que eles gostam e eles não gostam do que eu gosto. Brincar com eles é chato.

- Por que a inveja, então?

- Porque eles não me chamam para brincar. Se eles me chamassem, eu não ia brincar.

O anjo olhou para o menino com dó. – você quer que eles te chamem só para dizer não. Já que eles não te chamam, você fica envenenando seu coração com a inveja. Péssima escolha!

- Eu não sei como parar com isto.

- Você sofre porque antes desejou ser especial. Ou seja, você não quer ser amigo das outras crianças, mas quer que elas venham até aqui atrás de você. A inveja é sempre precedida da decisão de se sentir especial - é o ganho que a inveja proporciona. A dificuldade de abrir mão da inveja é voltar a ser humilde, ou seja, deixar querer ser especial.

O anjo levantou voo com suas quatro asas e sumiu rumo ao céu. O menino ficou parado, pensando.

Moral da história: quando você observa de pertinho um invejoso descobre que a inveja caminha de mãos dadas com o orgulho.

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