Como suportar a
solidão sem padecer?
Há algo de bom que
pode ser aprendido com ela?
Certamente todos nós
já fomos visitados por este eclipse solar inesperado, ou estamos vivendo, neste
exato instante, a experiência difícil.
Revisitemos uma
especial passagem de Jesus, o Rei Solar, e aprendamos um pouco mais.
Após uma das jornadas
habituais de Jesus, acercou-se-Lhe uma mulher, visivelmente aflita, e
apresentou-Lhe, na mágoa que a machucava, os problemas que infelicitavam seu
viver:
Meu esposo
abandonou-me, injustificadamente, evadindo-se do lar e relegando-me à
humilhação e ao desespero.
Desprezam-me as
pessoas amigas, que se dizem felizes, considerando-me indigna de um
companheiro.
Padeço a soledade ao
lado de uma família que necessita de apoio e sofro uma dor pungente,
indescritível, que já não suporto. Que fazer?
O Mestre fitou-a com
a infinita ternura que Se lhe exteriorizava da face, e, buscando minimizar-lhe
a pena, elucidou:
Todo aquele que
sofre, não apenas se recupera de velhas dívidas, como adquire recursos morais
que o credenciam para conquistas mais elevadas.
Solidão é recurso
valioso de que se serve a Divina Lei, para que o homem adquira sabedoria e
valor para dilatar o amor, sem as paixões que escravizam e entorpecem os
sentimentos.
Além disso, quando
alguém é relegado ao esquecimento, pode aquilatar das aflições que se acumulam
nos solitários.
Razão, portanto,
possuindo, para auxiliar e socorrer aqueles que se encontram em carência.
Alguém em regime de
solidão, está em condição de oferecer apoio ao próximo, diminuindo as próprias
penas, enquanto levanta o entusiasmo e a coragem no companheiro.
Assim, esqueça da
dificuldade pessoal, reabastecendo-se de valor para não fracassar, nem desistir
na luta que trava.
Todo investimento que
se aplica em favor do próximo reverte em luz e segurança para todos os dias do
futuro.
Jesus fitou a noite
constelada...
* * *
As estrelas sempre
nos convidam à reflexão.
Enquanto alguns se
enxergam sós, perante um Universo tão grande e majestoso, outros se percebem
amparados, como parte de um todo essencialmente bom.
A solidão absoluta não
existe, pois ainda há esferas ao redor que não enxergamos, há razões que não
entendemos, há amor que não sensibiliza nossa alma entorpecida.
A solidão dorida da
Terra não dura para sempre, tenhamos certeza.
O fiapo de luar à
distância, dá a falsa impressão de que a lua se encontra moribunda,
extinguindo-se lentamente.
Todavia, sabemos que,
logo mais, na próxima quadra, ela ressurgirá do outro lado da Terra, derramando
prata e embelezando a noite, demonstrando que só a luz tem perenidade...
Redação
do Momento Espírita com base no cap. 21, do livro
Pelos
caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.Em
14.10.2010.
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