sábado, 17 de agosto de 2013

Pensando...


Hoje, diante de uma situação que estive envolvida, fui levada a refletir sobre as grandes dificuldades no nosso processo transformação espiritual. Como as coisas externas  prendem a nossa atenção e fazem com que esqueçamos completamente de nós mesmos!

Nós espíritas, não por sermos melhores, mas pelo fato da  vivência do espiritismo nos levar diariamente a lembrança da importância de mudar, de nos melhorarmos, de vivenciar o evangelho, enfim, a prática espírita nos levar a uma autocobrança  constante,  terminamos nos tornando mais atentos a  esses momentos de dispersão  tão comuns no nosso dia a dia.

Esquecemos  de estar  presentes em muitos e muitos momentos.  Nos  afastamos de nós mesmos levados pela vaidade de termos conquistado alguns saberes, pela sensação de poder quando nos encontramos em algumas posições, que pensamos ser de tanta importância e diante de Deus nada valem, principalmente, somos levados para bem distante de nós mesmos pelo apego, seja o apego às pessoas, seja o apego aos bens materiais, seja, principalmente, o apego às máscaras que criamos para cada situação em que vivemos. Às  vezes, são tantas máscaras que esquecemos quem somos verdadeiramente. Esquecemos de nossa essência, que nos aproxima de Deus!

Penso que Jesus, na sua infinita sabedoria, já sabia a que esse descaso com o nosso autoconhecimento ia nos levar e, por esse motivo,  nos deixou o famoso Sermão dos Oito “AIS”, para não nos esquecermos da importância de nos conhecermos e sermos autênticos. Nele, no sermão,  Ele nos alerta para termos cuidado com a hipocrisia e em cada “AI” Ele nos chama atenção para um tipo de máscara que carregamos, de uma forma ou de outra. É um trecho importante dos ensinamentos de Jesus, porque nele vemos quanto é importante tomarmos consciência de quem somos nós, tomarmos consciência da existência dessa centelha divina que se encontra perdida entre esse emaranhado de eus,  que fomos criando ao longo da nossa caminhada e, principalmente, tomarmos consciência que nosso objetivo principal é chegarmos próximo de Deus  e enquanto não nos desfizermos   desses disfarces , enquanto não entendermos  que a astúcia não é sabedoria, não chegaremos a ELE.

Vale a pena ler esse sermão e refletir sobre o que estamos fazendo da nossa vida, da nossa prática espírita, do nosso processo evolutivo.
Áurea Ribeiro
Imagem retirada do site: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=10672

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