Hoje, diante de uma situação que
estive envolvida, fui levada a refletir sobre as grandes dificuldades no nosso
processo transformação espiritual. Como as coisas externas prendem a nossa atenção e fazem com que
esqueçamos completamente de nós mesmos!
Nós espíritas, não por sermos
melhores, mas pelo fato da vivência do
espiritismo nos levar diariamente a lembrança da importância de mudar, de nos melhorarmos,
de vivenciar o evangelho, enfim, a prática espírita nos levar a uma
autocobrança constante, terminamos nos tornando mais atentos a esses momentos de dispersão tão comuns no nosso dia a dia.
Esquecemos de estar presentes em muitos e muitos momentos. Nos afastamos
de nós mesmos levados pela vaidade de termos conquistado alguns saberes, pela
sensação de poder quando nos encontramos em algumas posições, que pensamos ser
de tanta importância e diante de Deus nada valem, principalmente, somos levados
para bem distante de nós mesmos pelo apego, seja o apego às pessoas, seja o
apego aos bens materiais, seja, principalmente, o apego às máscaras que criamos
para cada situação em que vivemos. Às vezes,
são tantas máscaras que esquecemos quem somos verdadeiramente. Esquecemos de
nossa essência, que nos aproxima de Deus!
Penso que Jesus, na sua infinita
sabedoria, já sabia a que esse descaso com o nosso autoconhecimento ia nos
levar e, por esse motivo, nos deixou o
famoso Sermão dos Oito “AIS”, para não nos esquecermos da importância de nos
conhecermos e sermos autênticos. Nele, no sermão, Ele nos alerta para termos cuidado com a hipocrisia
e em cada “AI” Ele nos chama atenção para um tipo de máscara que carregamos, de
uma forma ou de outra. É um trecho importante dos ensinamentos de Jesus, porque
nele vemos quanto é importante tomarmos consciência de quem somos nós, tomarmos
consciência da existência dessa centelha divina que se encontra perdida entre
esse emaranhado de eus, que fomos
criando ao longo da nossa caminhada e, principalmente, tomarmos consciência que
nosso objetivo principal é chegarmos próximo de Deus e enquanto não nos desfizermos desses
disfarces , enquanto não entendermos que
a astúcia não é sabedoria, não chegaremos a ELE.
Vale a pena ler esse sermão e
refletir sobre o que estamos fazendo da nossa vida, da nossa prática espírita,
do nosso processo evolutivo.
Áurea Ribeiro
Imagem
retirada do site: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=10672
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