Espírito Hammed
Trecho do livro As Dores da Alma
"Quando dizemos que nos preocupamos com os outros, quase sempre estamos nos abstraindo:
a) das atitudes que não temos coragem de tomar;
b) das responsabilidades que não queremos assumir;
c) das carências afetivas que negamos a nós mesmos;
d) dos atos incoerentes que praticamos e não admitimos;
e) dos bloqueios mentais que possuímos e não aceitamos.
Deslocamos todos os nossos esforços, atenção e potencialidades para socorrer, proteger, salvar, convencer e aconselhar nossos “companheiros de viagem”, esquecendo muitas vezes, propositadamente ou não, que a nossa primeira e mais importante tarefa é nossa transformação interior. É incontestável que a preocupação jamais nos preservará das angústias do amanhã; apenas colocará obstáculos às nossas realizações do presente. Não podemos nem devemos forçar mudanças de atitudes nas pessoas. Em realidade, só podemos modificar a nós mesmos.
Nosso livre-arbítrio nos confere possibilidades de uso particular com o fim específico de nos retificar, porém não nos dá o direito de querer modificar os outros. Acreditamos, ainda assim, que temos o poder de exigir que os outros pensem como nós e que podemos interferir nas manifestações daqueles que nos cercam. Por mais queridos que nos sejam, não é lícito dissuadi-los de suas decisões e posturas de vida. Cada um se expressa perante a existência, como pode.
Assim, suas criações, desejos, metas e objetivos são coerentes com seu grau de evolução. Qualquer tipo de coação em um modo de ser, é profundo desrespeito. Por que condenar os atos e as atitudes de alguém que o próprio “Criador do Universo” deixou livre para decidir? Por que sofrer ou preocupar-se com isso? Nossas experiências da vida não acontecem por acaso. O planejamento divino nada faz sem um desígnio proveitoso; tudo tem sua razão de ser. Não é preciso desespero nem preocupação; tudo acontece como tem que acontecer."
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