sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O amor de Clara e Francisco (depois de uma semana franciscana)


É importante que se diga que o amor que aproximará essas duas almas, desde o início, e que perdurará ao longo dos anos, será um amor fraterno. Clara o elegerá como uma espécie de guia, abaixo de Jesus, tratando-o sempre como um pai, inclusive a ele se referindo como "meu pai".
 
Chamá-los de Irmão Sol e Irmã Lua não é fazer referência a um amor impossível a que ambos renunciaram de modo a se dedicarem exclusivamente aos seus semelhantes. O amor maior de um e de outro, e de um pelo outro, era o que se manifesta pela solidariedade, pela fraternidade, inspirado no amor de Jesus pela |Humanidade, sendo de natureza fraternal o laço criado entre eles.
 
Jung, psiquiatra suíço, afirma que o amor só revela seus maiores segredos e milagres àquele capaz de uma doação incondicional e de fidelidade de sentimentos, sendo que o amor verdadeiro sempre visa ligações duradouras e responsáveis.
 
Ainda que em algum momento tenha passado pela cabeça de um ou de outro ou mesmo de ambos qualquer outro sentimento, considerando-se que eram humanos, um homem e uma mulher, souberam direcionar seus impulsos na direção dos mais pobres, dos doentes, dos aprisionado nos vícios, dos apegados aos bens materiais, sublimando suas próprias emoções.
 
Admitir ou cogitar tal possibilidade não diminui em nada a grandeza de um  e de outro. Nesse caso, só demonstra o quanto foram grandes nas batalhas silenciosas e desconhecidas por aqueles que estiveram lado a lado com esses dois fraternos e delicados corações.
 
Por outro lado, como ambos, utilizando-se do livre arbítrio, fizeram votos de castidade e pobreza, tudo leva a crer que o casamento não fazia parte da programação dela nem dele, sendo mais provável que se tenham comprometido, antes de reencarnar, com o estilo de vida que vai caracterizá-los ao longo daquela fecunda existência vivida na Úmbria.

Trecho retirado do livro Joanna e Jesus: uma história de amor, escrito por Divaldo Pereira Franco e Cezar Braga Said. Trata das principais encarnações do Espírito de Joana de Ângelis, inclusive como Clara de Assis. É um livro maravilhoso. Editado em 2011 pela Federação Espírita do Paraná.
 

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