segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O que queremos dizer com amor?

J. Krishnamurti, The Book of Life

Amor é o irreconhecível. Ele só pode ser percebido quando o conhecido é compreendido e transcendido. Só quando a mente está livre do conhecido, só então haverá amor. Assim, devemos abordar o amor negativamente, não positivamente. O que é amor para a maioria de nós? Conosco, quando amamos, existe possessividade, dominação ou subserviência. Dessa possessividade vem o ciúme e o medo da perda, e legalizamos este instinto possessivo. Da possessividade vem o ciúme e os inumeráveis conflitos com que cada um está familiarizado. Possessividade, então, não é amor. Nem é amor sentimental. Ser sentimental, ser emocional, exclui o amor. Sensibilidade e emoções são meramente sensações. Só o amor pode transformar a insanidade, a confusão e a disputa. Nenhum sistema, nenhuma teoria de certo ou errado pode conferir paz e felicidade ao homem. Onde existe amor, não existe possessividade nem inveja; existe misericórdia e compaixão, não em teoria, mas de fato por sua esposa e por seus filhos, por seu vizinho e por seu empregado... Só o amor pode gerar misericórdia e beleza, ordem e paz. Existe amor com sua benção quando “você” deixa de existir.

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