domingo, 20 de abril de 2014

O Vento e o Sol


Esopo

"O vento e o sol estavam disputando qual dos dois era o mais forte. De repente, viram um viajante que vinha caminhando.
- Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco, será o mais forte. Você começa, propôs o sol, retirando-se para trás de uma nuvem.
O vento começou a soprar com toda a força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo. Desesperado, então o vento retirou-se.
O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo o esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e despiu o paletó."

Moral da história:
O amor constrói, a violência arruína.
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Que fábula mais significativa!

Se formos pensar quanto somos "vento" e quando ainda temos que aprender até chegarmos a ser  "sol" - luz...

Nessa fábula,  importa para o vento apenas o resultado, que deve ser conseguido de qualquer forma. Não importa o que ele vai destruir, mas importa o resultado. Já o sol vai chegando devagarzinho, com cuidado, vai aquecendo aos poucos até chegar ao mesmo resultado sem nada destruir, ao contrário, enquanto chega ao resultado vai envolvendo tudo que encontra com com "vida" e alegria.

Às vezes temos boas intenções e os nossos propósitos são bem coerentes, mas a forma como agimos para chegar aos nossos objetivos é que vai refletir o nosso mundo interior e a nossa formação moral e espiritual.

Na literatura espírita encontramos muitas histórias vividas pelo médium Chico Xavier, que trazem muito ensinamentos. Contam que certa vez chico Xavier estava no trabalho e uma mulher foi procurá-lo, para pedir ajudar por três vezes durante um dia, mas como o chefe dele não permitia que ele atendesse ninguém no local de trabalho ele pediu que a mulher o procurasse à noite no Centro Espírita. A mulher estava tão sofrida e desesperada que chegando no Centro Espírita à noite, para tomar uma passe,  deu uma enorme bofetada no médium. Chocado o médium pensa em como dar uma passe na criatura depois dela ter tomado uma atitude dessa e o mentor dele, Emmanuel, diz para ele que ele está com a RAZÃO, mas a mulher está com a NECESSIDADE e o que deve prevalecer é a necessidade do outro não a nossa razão.

A fábula não parece com essa história? A força do vento e a força do sol eram proporcionais a necessidade do homem, mas um se preocupava com a sua razão e o outro com a necessidade.

Precisamos muito da "luz do sol" na nossa caminhada, porque "os ventos" são muito fortes e os corações muito cheios de RAZÕES podem atropelar todas as nossas necessidades e nem sempre temos "um casaco para ajustar ao nosso corpo".

Que brilhe a luz!

Bom domingo!

Áurea Ribeiro

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