A Esperança (1986), quadro de George Frederic Watts
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo: — Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: — O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
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A esperança já caiu novamente feito criança.
Que como criança também fique nosso coração: leve, alegre e livre para caminhar sobre essa estrada que se abre nesse dia.
Que possamos encontrar nesse caminho muitas surpresas boas, muitas amizades verdadeiras, muita paz, muita saúde e muito amor.
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