domingo, 12 de janeiro de 2014

Renovação


Não bastará desculpar os que nos ofendem, simplesmente com os lábios. É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.
Não bastará, porém, que o consentimento se associe ao trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.
Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente os que nos feriram...
Através da prece que ajuda em silêncio...
Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia...
Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante...
Através da compreensão.
Por intermédio da boa vontade.
Pela demonstração de entendimento e confiança.
O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.
A discórdia é espinheiro.
A desarmonia é perturbação.
O ódio é veneno.
A antipatia é delituosa displicência.
Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. 
É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Correio Fraterno, Médium: Francisco Cândido Xavier
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Hoje recebi essa mensagem acima, do Centro Espírita Caminho de Luz, e fiquei pensando como a Doutrina Espírita orienta bem nossas posturas diante de cada situação que enfrentamos. Em um primeiro olhar parece uma prática difícil essa do perdão e não deixa de ser muito difícil mesmo. Mas quando conectamos com a assistência divina constatamos que não é tão difícil assim, porque estamos sempre sendo intuídos a dar o próximo passo. Basta seguirmos com boa vontade.

A dificuldade é que seguimos pela vida afora como como um motorista dirigindo no trânsito de Fortaleza. Nós temos que dirigir por nós e pelos outros. Saímos com nosso carrinho modelo 1960 respeitando todos os sinais, mas e os outros? Avançam os sinais, deixam de ligar a sinaleira, trancam o nosso caminho e muitos ainda fazem tudo para tirar a gente da estrada. Como fazer para dirigir a nossa vida e a dos outros se mal conseguimos dirigir a nossa? Como fazer para nos defendermos no meio desse pandemônio sem infringir nenhum sinal?

A verdade é que até cada um fazer a sua parte vamos ter muita dificuldade de fazermos a nossa parte também, porque estamos todos ligados por fios invisíveis nessa caminhada. Mesmo assim vamos tentando, mesmo que as tentativas sejam solitárias e caminhemos a vida toda em horário do "rush". O mais importante é que sabemos que no final vamos encontrar uma linha de chegada e que novamente é de partida e precisamos tornar essas voltas mais amenas para nós e para os que nos rodeiam.

Bom domingo!
Áurea Ribeiro

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