sábado, 3 de janeiro de 2015

Do conhecimento de si próprio


          O progresso intelectual e tecnológico da Humanidade, nos últimos séculos, têm sido bastante significativo.
          O homem compreendeu muitas das leis da natureza e passou a utilizá-las em seu benefício.
          Valeu-se da sua capacidade de raciocínio para reduzir esforços físicos e produzir máquinas que auxiliam e facilitam trabalhos repetitivos.
          Descobriu a cura de diversas doenças, fabricando remédios e criando técnicas que diminuem o sofrimento físico e salvam vidas.
          Desenvolveu projetos para aumentar a produção de alimentos e novas formas de armazenamento e conservação.
          Estabeleceu meios eficazes de comunicação que facilitam contatos e a obtenção das mais variadas informações.
          O homem alcançou a lua e ruma, agora, em direção a planetas e estrelas distantes.
          São grandes vitórias, mas não representam por si só o final da batalha.
          Isso porque as alegrias ainda são passageiras e o sentimento de insatisfação continua habitando o coração do homem.
          Resta um vazio, uma sensação de que algo importante foi deixado para trás.
          E realmente foi.
          Em meio a tantas realizações, o homem acabou esquecendo de conquistar a si mesmo, de domar sua própria essência.
          Gasta seu tempo e seu esforço, procurando, mundo afora, o que só encontrará em si mesmo.
          Seus motivos, sua razão, suas verdades.
          Deseja alcançar a felicidade e a paz.
          Crê que as encontrará em rostos, em afetos, em conquistas materiais, em paisagens paradisíacas.
          Ledo engano.
          Ninguém, nada, nem lugar algum, será capaz de satisfazê-lo real e definitivamente, enquanto ele não conhecer a si mesmo.
          Faz-se necessário que o homem empreenda a mais difícil de todas as jornadas.
         Um caminho sem medida e sem volta.
         Entender-se, respeitar-se e amar-se.
         É preciso que o homem tenha coragem de mergulhar em si mesmo e buscar conhecer-se.
         Não se trata de uma tarefa fácil.
        Afinal, muitas descobertas poderão ser não muito agradáveis.
        Porém, muitas revelações poderão ser dolorosas.
        Muito trabalho deverá ser realizado e muitos vícios deverão ser vencidos.
        Condutas deverão ser revistas e novos hábitos desenvolvidos.
        Para isso, porém, será preciso ter coragem e determinação.
        Coragem para reconhecer as próprias deficiências e falhas.
        Determinação para não desistir do bom combate.
        Para não abandonar a meta por considerá-la distante e difícil.
                                                   * * *
       Não somos perfeitos. Ainda não.
       Mas nosso destino é a perfeição.
       Quando Deus, em Sua bondade e sabedoria infinitas, criou-nos, semeou em nosso âmago o gérmen da felicidade.
       É necessário a luz da sabedoria para fazê-lo brotar e frutificar.
       O autoconhecimento é pré-requisito para que sejamos a cada dia melhores.
       Assim, pouco a pouco, conscientes de quem e como somos, seremos capazes de vencer a nós mesmos.
       Transformando o homem velho que ainda existe em nós, alcançaremos o progresso moral que nos falta.
       Somente então chegaremos ao nosso destino: a verdadeira felicidade.
Redação do Momento Espírita.Em 03.10.2011.

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