terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O perdão que o Evangelho propõe

Trecho do livro Servidores da Luz da Transição Planetária
Médium: Wanderley Oliveira
Espírito: José Lázaro
( O trecho em destaque foi retirado de um capítulo de autoria do próprio médium)

"O conceito de perdão como atitude de esquecer o mal que alguém nos fez ou como uma virtude de retomar o relacionamento com o ofensor da mesma maneira que antes da ofensa é um enfoque que precisa ser reconsiderado, poque perdão não tem nada a ver com esquecimento das faltas ou negação da dor emocional para continuar a relação com alguém da mesma maneira.

Por conta dessas duas formas de enxergar o perdão, muitos de nós passamos por problemas graves de exploração emocional por parte do ofensor. Não se utilizando da memória, alegando que esquecemos o fato gerador da mágoa, poderemos passar novamente pela mesma experiência e, negando a dor emocional para manter um relacionamento que nos interessa ou do qual não temos como nos desvincular instantaneamente, ficaremos com um peso emocional não transmutado e que poderá nos prejudicar de várias formas.

O perdão que o Evangelho propõe e que os Sábios Guias comentam na questão 886, de O livro dos espíritos, é o perdão das ofensas, antes mesmo do perdão aos ofensores. Há uma enorme diferença entre perdoar ofensas e ofensores. A ofensa é a dor que trazemos no peito em decorrência da atitude lesiva do outro contra nós, e o ofensor é o sujeito que intencionalmente ou não foi agente ativo desse processo emocional. A ofensa é o conjunto de sentimentos que derivam do ato lesivo. Entre eles está a está a raiva, a sensação de injustiça, a dor da decepção e da frustração de sonhos e expectativas. Se não resolvemos conosco esses sentimentos, será infrutífero o ato de procurar o ofensor para o perdão legítimo. Concluímos, portanto, que perdoar é algo que começa em nós para depois se expressar na relação. Claro que isso tem variações. Casos, por exemplo. de marido e esposa, relações profissionais e outras tantas formas de conviver, nem sempre o distanciamento físico será possível, e assim a mágoa estará presente no dia a dia sem que tenhamos o tempo que seria desejável para curar as ofensas e depois criar uma nova relação ou, até mesmo, romper definitivamente com o ofensor."

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