terça-feira, 18 de março de 2014

Inveja

A inveja sempre foi uma emoção sutilmente disfarçada em nossa sociedade, assumindo aspectos ignorados pela própria criatura humana. As atitudes de rivalidade, antagonismo e hostilidade dissimulam muito bem a inveja, ou seja, a própria “prepotência da competição”, que tem como origem todo um séquito de antigas frustrações e fracassos não resolvidos e interiorizados.

O invejoso é inseguro e supersensível, irritadiço e desconfiado, observador minucioso e detetive da vida alheia até a exaustão, sempre armado e alerta contra tudo e todos. Faz o gênero de superior, quando, em realidade, se sente inferiorizado; por isso, quase sempre deixa transparecer um ar de sarcasmo e ironia em seu olhar, para ocultar dos outros seu precário contato com a felicidade.
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A emoção da inveja no adulto é produto das atitudes internas de indivíduos de idade psicológica bem inferior à idade cronológica, os quais, embora ocupem corpos desenvolvidos, são verdadeiras almas de crianças mimadas, impotentes e inseguras, que querem chamar a atenção dos maiores no lar.
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Eis alguns sintomas interiorizados de inveja que podemos considerar como dissimulados e negados:

- perseguições gratuitas e acusações sem lógica ou fantasiada; 

- inclinações superlativas à elegância e ao refinamento, com aversão à grosseria; 


- insatisfação permanente, nunca se contentando com nada; 


- manifestação de temperamento teatral e pedantismo nas atitudes; 


- elogios afetados e amores declarados exageradamente; 


- animação competitiva que leva às raias da agressividade.



O caráter invejoso conduz o indivíduo a uma imitação perpétua à originalidade e criação dos outros e, como consequência lógica, à frustração. Isso acarreta uma sensação crônica de insatisfação, escassez, imperfeição e perda, além de estimular sempre uma crescente dor moral e prejudicar o crescimento espiritual das almas em evolução.

Livro: As Dores da Alma, trechos do item Inveja
Espírito de Hammed
Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto

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