sábado, 8 de março de 2014

O futuro...


Trecho de um texto de Pedro Bial

"Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra.
As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, e te pegam no ponto fraco às 4 da tarde de uma terça-feira modorrenta.

Todo dia, enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.

Cante.

Não seja leviano com o coração dos outros.
Não ature gente de coração leviano.
Use fio dental.

Não perca tempo com inveja.
Às vezes se está por cima,
às vezes por baixo.
A peleja é longa e, no fim,
é só você contra você mesmo.

Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine."
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Nesses últimos 30 dias morreram dois amigos meus espíritas. Pessoas que me honraram muito com a sua amizade, pessoas que conviveram comigo por muitos anos e que me ensinaram muita coisa. Sei que estão muito bem,  onde estiverem agora, porque fizeram por merecer. Mas o fato é que quando pessoas da nossa faixa etária começam a morrer, o morrer aqui sabemos que é apenas a morte do corpo físico, porque o Espírito segue adiante desligado da carne, a gente tem que botar o pé  no chão e ir se conscientizando que isso tudo é só uma rápida passagem  e que a qualquer momento também estaremos partindo. É chegada a hora do desapego, mas um desapego com tempo para reflexão (será?) e eu fico pensando sobre tantas coisas...

Um dia, eu li um livro espírita que relatava 15 encarnações de um Espírito e na última encarnação o personagem principal, faltando 8 meses para fecha um longo círculo, se impacienta e tira a própria vida. Eu fico pensando e acho que todos nós deveríamos pensar melhor sobre o que andamos fazendo, com os outros e com nós mesmos, porque não sabemos quanto pouco tempo temos pela frente. São tantas e tantas coisas... 

Podemos desprezar alguém que está tão perto de ir embora... se vivenciássemos um pouquinho que fosse os ensinamentos de Jesus, com certeza teríamos a tolerância  necessária para chegarmos até o final, não digo amando, porque amar é sentimento de poucos, mas tolerar é prática de quem caminha com Jesus...

Podemos deixar de dizer tantas coisas e depois ser tarde demais... Como deve ser triste pensar que não dissemos o que queríamos e não sabemos quando ou se ainda vamos encontrar aqueles que estão, de uma forma ou de outra, em nossa vida. Sempre tive esse cuidado quando cuidava da minha mãe e hoje me sinto muito bem por saber que falei tudo que tinha para falar.

Mas são muitos pontos a se pensar, são muitas coisas a se ter que  desapegar, são muitos vícios morais a serem mudados, muitas atitudes a serem tomadas e deixamos tudo para amanhã.

Amanhã. O que é o amanhã?

Este trecho do texto de  Pedro Bial nos faz pensar sobre a nossa levianidade. Será que não somos apenas passageiros levianos? Será que não estamos  passando pela vida sem pensar em nós e nos outros? E depois?
                                                                                                                  Áurea Ribeiro

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